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ECOLOGIA PARTE 2

  Capítulo 29

AJUDEM A CUIDAR DO EQUILÍBRIO
ECOLÓGICO, ANTES QUE O DESEQUILÍBRIO
ECOLÓGICO CUIDE DE VOCÊS


"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante"

Albert Schweitzer, Nobel da Paz de 1952

"Para muitos, acreditar no fim do mundo físico é mais fácil que aceitar a possibilidade de um salto evolutivo na alma humana"

Carlos Cardoso Aveline, ambientalista

"Somos criaturas arrogantes e estamos prestes a sofrer os danos que estamos provocando a um sistema do qual somos apenas uma parte" 

James Lovelock, cientista, ex-funcionário da Nasa


A maior parte dos capítulos deste livro foi pensada, em 1994, para responder as dúvidas apresentadas pelos alunos do Colégio Andrews e da Escola Municipal Silveira Sampaio, como já havia mencionado. Entretanto, este capítulo em especial, foi colocado por uma motivação pessoal, uma resposta a um sonho de uma noite quente do verão carioca. Estava, naquela época, estudando o assunto Tabagismo-Destruição ambiental e sonhei o seguinte: "por alguém haver jogado uma guimba de cigarro acesa às margens da estrada Rio-Bahia (estrada que fez parte de minha infância/adolescência, nas inúmeras idas e vindas às casas de familiares de Caratinga, Minas Gerais _um regalo, cuja lembrança me traz imenso prazer), um foco de incêndio foi criado, inicialmente torrando umas graminhas ressecadas, para logo em seguida alcançar arbustos e árvores de maiores dimensões. A minha atenção, entretanto, ficara presa a um grupo de formigas desesperadas que corriam em desabalada carreira, berrando alucinadas (o sonho é meu, portanto...): 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', corre!, corre!, 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', corre! corre!, 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!', corre!, corre!, 'ai, minha bunda tá queimando!', 'ai, minha bunda tá queimando!'". Eu acordei péssimo naquela manhã.

Ziraldo-Campanha do Ministério da Saúde


Tínhamos visto que, pelo ato de fumar, há, o que chamei de devastação da floresta de cílios, a corrosão daquelas vassourinhas dos brônquios que contribuem para a defesa do sistema respiratório humano.

No entanto, o tabagismo também participa da devastação das florestas tradicionais, seja pelo processo de preparo do fumo, seja pelo ato inconsequente do fumante que joga o final do cigarro, com a brasa ainda acesa, pelas janelas dos veículos, ao longo de um sem número de estradas, sem atentar que o mato está seco, nos períodos de estiagem. Vários estudos garantem que 20 por cento das florestas do mundo foram embora por este motivo, pela simples irresponsabilidade de jogar-se guimbas acesas no mato seco.

Vocês, alguma vez, já viram outdoors pedindo para que não sejam jogadas guimbas acesas pelas janelas dos veículos?

Em compensação, a cada quilômetro costuma haver uma imensa placa informando que esta ou aquela obra é "mais uma demonstração de como a prefeitura, o governo daquele estado ou o governo federal está trabalhando, realizando, embelezando, criando, melhorando, aumentando, recuperando, ampliando ou modernizando alguma coisa"...


O FUMO MATA _ NÃO TRATE A MARGEM DA ESTRADA COMO SE FOSSE UM CINZEIRO

 Fogo!! Fogo!! Fogo!!

The Economist, maio - 2001.


A floresta amazônica torrando

No preparo das folhas de tabaco que serão transformadas em cigarros, a secagem destas folhas é feita em fornos que se utilizam de madeiras. Milhões de árvores são "abatidas" todos os anos, para dar vazão à demanda. Recordo a vocês que, em 1992, apenas para o mercado brasileiro foram produzidos cento e vinte bilhões de cigarros. Aproximadamente, uma árvore é sacrificada para a secagem de apenas duzentos e cinquenta cigarros. É só vocês fazerem as contas: - para cada hectare de fumo plantado, um hectare de floresta é destruído.

Parece que muitos fumicultores acreditam que foi para isto que inventaram, por exemplo, a Mata Atlântica.


Campanha do Ministério da Saúde

Além disto, após 4 a 5 anos de plantio, o sólo se torna praticamente árido. O que faz com que seja utilizada uma quantidade inimaginável de fertilizantes químicos, para tentar-se resgatar a energia perdida da terra. Mesmo que haja um reflorestamento, nada consegue recuperar a flora e a fauna originais.

Campanha SOS Mata Atlântica e Laboratório Boehring-Ingelheim


Quando comparadas, no Brasil, a poluição provocada pelas queimadas de nossas florestas, que geram 200 milhões de toneladas de dióxido de carbono, com aquela oriunda da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, carvão e, mais recentemente, gás natural) que emanam 80 milhões de toneladas do mesmo poluente, pode-se atestar que, se cessassem estas queimadas, o país seria um lugar com o ar bastante satisfatório para respirar-se. As queimadas e os desmatamentos brasileiros, liberam mais dióxido de carbono na atmosfera do que as indústrias e a frota automotiva juntas. Entre 1990 e 1994, 75% das emissões de CO2 do Brasil foram pelas queimadas, enquanto que os veículos e as indústrias responderam por 9 e 7% respectivamente.

foto Joel Silva, Folha Imagem, 14/05/05


Queimada em Ribeirão Preto, São Paulo


Portanto, a continuidade desta prática desastrosa de fumar não se resume apenas a um mal individual ou familiar, tornou-se, há muito, uma ação nefasta, que contribui para o próprio desequilíbrio ecológico do nosso país e do planeta.

"Se o sistema tiver que adotar medidas radicais para buscar o seu equilíbrio, nem mesmo a morte de milhões de pessoas ou uma volta a Idade da Pedra seria um obstáculo. A elevação das águas (pelo aquecimento global) criará uma massa de refugiados que poderá chegar aos bilhões"



Efeito estufa = geleiras derrentendo & terra rachando

Sem querer fazer terrorismo (e, já fazendo), a situação da nossa Terrinha "está pra lá de Marrakesh"(esta expressão, também é do meu tempo de adolescente).

O cigarro é parte presente em quase todo o lixo urbano. Por onde se ande, é só olhar para o chão e, lá estará aquela guimba semi-queimada (aliás, como é triste ver os mendigos que, como quaisquer outros viciados, precisam repor a nicotina, catarem aquelas guimbas para poderem diminuir um pouco a síndrome de abstinência). O fumante só poupa a própria casa. Se não houver ninguém olhando, ele lança o projétil até no assoalho de uma igreja, depois dá aquela pisadinha, que parece um passo de dança e segue viagem, até a nicotina voltar a tocar o alarme de novo.

Foi feito um trabalho nos Estados Unidos, precisamente nas areias das praias da Califórnia, onde coletou-se o lixo durante um período, separando-se posteriormente as guimbas de cigarro. Ao final, encontrou-se uma tonelada de guimbas, em pouquíssimo tempo.


Vivemos entre 1.600.000.000 (hum bilhão e seiscentos milhões) de fumantes, como em uma floresta de cigarros

"Está na hora de entendermos que equilíbrio com a natureza não é coisa apenas de ambientalistas: ou fazemos todos juntos o que precisa ser feito, ou o planeta resolve as coisas à sua maneira", diz Eugênio Mussak, médico fisiologista e professor de biologia.


Kamil Yavuz © Istambul - Turquia

O prof. Genebaldo Freire chama a atenção, em seu livro Educação Ambiental, para o que parece ser uma ação conjunta entre os fabricantes de cigarros e os fabricantes de carros. Todos os automóveis tem um instrumental de apoio aos fumantes (isqueiros e cinzeiros).

foto: Associated Press


Incêndio florestal na Califórnia (EUA) - 2003

Vila real, Portugal - EFE


Incêndio dizima florestas portuguesas _ 2004

Em meio a tanto descalabro, tanta inconsequência, não deixa de ser um pouco tranquilizador, saber que existe gente da melhor qualidade, fazendo o oposto da maioria, cuidando das florestas do Brasil. Acompanhem o monitoramento das queimadas do país, feito por satélites.

Uma historinha trazida à tona pelo escritor Paulo Coelho - Em 1855, um presidente americano enviou emissários ao cacique Seattle, solicitando que vendesse parte de suas terras aos brancos. Eis alguns trechos de sua resposta: "Como posso vender o céu e a terra? Não somos donos da brisa da manhã, nem do brilho das águas. Nós somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores são nossas irmãs. Os animais na planície, todos são parte de nossa família. A água cristalina nos rios é o sangue de nossos antepassados. O vento que deu a meu avô seu primeiro alento, também recebeu o seu último suspiro. O que acontece com a Terra, acontece também com seus filhos, que somos nós. A Terra não pertence ao homem, o homem pertence à Terra." (publicado no jornal Extra, em 3/fev/2000)

 

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em 13/jun/2002, fez previsões sombrias para o futuro do planeta. Além do nível dos mares estar subindo, mais de 2 bilhões de pessoas estão sofrendo escassez de água. E, o pior é que a ONU estima que, em 2025, serão 4 bilhões de terráqueos (50% da população esperada para 2.025) que estarão sofrendo de falta d'água. Este material vem respaldado por inúmeros trabalhos, super importantes, entitulado _ Desafio global, Oportunidade global. Saibam que 70% da água consumida no planeta vai para a agricultura. Portanto, como quase tudo o que comemos vem do que plantamos e tudo o que plantamos só tem vida porque a água lhe dá vida, temos que agir hoje para que a agricultura possa nutrir-nos dentro de duas décadas. Os vinte e três anos que nos separam, hoje, desta sombria, porém, realista estimativa da ONU, podem ter certeza, não significa rigorosamente nada. O desequilíbrio ambiental deve ser preocupação de vocês, sinto muitíssimo informá-los. Vejam, por este recente relatório da ONU, 2,4% do que ainda sobra das florestas do mundo foram destruídos nos anos 90.

Folha de São Paulo, 14/ago/2002

 

Metade da população do planeta estará sem água dentro de pouco tempo

Já ouvi gente dizendo: " È ruim de ficar sem água, com todo esse marzão que tem aí!?!". Acontece que a água dos oceanos é salgada (bããã...). Para se ter idéia do que existe de água doce na Terra, pense numa garrafa de 1 litro cheia d'água. Bom, desses 1.000ml apenas 30 ml são de água doce. Desses 30ml, a maior parte é feita de gelo, uma parte menor está tão poluída que não serve para o consumo. Boa para uso, é como se fossem apenas gotinhas daquele litro inicial. Outro questão que merece atenção é o próprio consumo de água, no século passado enquanto a população do planeta dobrou, o consumo de água aumentou em seis vezes.

ilustrações de Beth Kok

Nós temos a nossa parcela de responsabilidade, pois, o Brasil detém 8% de toda a água doce do mundo, sendo que 80% desse tesouro se encontra na Amazônia. Os especialistas dizem que ainda vai haver muito conflito sério por causa desse líquido maravilhoso.

Há pouco tempo, munido do meu melhor estilo mané, recebi, de um porteiro de edifício a quem perguntara se ele não achava que estava gastando muita água para ficar empurrando a ponta de cigarro queimado desde a entrada da garagem até o meio-fio da rua, a seguinte resposta: "vai cuidar da porra da tua vida, mermão!"... Mal sabia ele que, ao fazer-lhe aquela observação, estava justamente tentando cuidar da "porra" da minha vida.

Declaração de Estocolmo, 5 de junho de 1972. Este dia, o cinco de junho, passou a ser o:

 DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE.


O tema de 2003 do Dia Mundial do Meio Ambiente é justamente a água:
ÁGUA _ 2 BILHÕES DE PESSOAS MORREM POR ELA!

 

Em minha infância e adolescência, eu passava as longas férias escolares (4 meses por ano) numa região próxima à cidade em que nascera, chamada Região dos Lagos, mais precisamente numa cidadezinha de nome indígena _ Saquarema (que provavelmente significa _ aquele que pega onda pelo rabo). Para alcançarmos Saquarema, antes da construção da ponte que ligaria a cidade do Rio de Janeiro à Niterói (1974), tínhamos que atravessar a baía de Guanabara em barcaças, onde pessoas e automóveis iam bem acomodados, numa travessia deliciosa que durava uns 40 minutos (apesar de, às vezes, nos grandes feriados, ter-se de aguardar até umas quatro horas numa fila, por um lugar na barcaça). O mais pitoresco desta travessia, além da vista maravilhosa da cidade maravilhosa e do lado niteroiense, era sermos acompanhados por legiões de golfinhos, ao longo de todo o trajeto. Parecia um interminável filme, com toda a árvore genealógica do Flipper presente. Estas cenas marcaram o inconsciente coletivo dos cariocas de tal forma, que os golfinhos fazem parte da logo da cidade, sendo utilizada em qualquer documento oficial de nossa prefeitura. Triste mesmo, é sabermos que há décadas os botos desapareceram de nossa baía, desgostosos de nossos maus hábitos de emporcalhar as coisas (com todo respeito aos porcos) ou mortos pela poluição de nossas águas. Quando teço comentários a respeito deles com os meus filhos, sobre os golfinhos do passado, creio que eles fingem acreditar em mime na existência deles em nossas baías, tolerantes como somos ao concordarmos com a opinião de algum parente que sofra da doença de Alzheimer. Quase que a confirmar esta minha, ainda não assumida, demência senil, ouso afirmar que a violência urbana carioca tem absoluta relação com o desaparecimento dos golfinhos de minha época de adolescente.

 

Presentes na logo da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, os golfinhos da baía de Guanabara foram afastados pela poluição que não paramos de produzir.

 

Estes mesmos golfinhos que tomaram chá de 'sumiço', compõem o brasão utilizado pela Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro.

Pois que bem, mesmo sem sermos ambientalistas ou pitonisas, estávamos certos em nossa avaliação do que acontece por aqui, até por que a degradação é evidentíssima: o tema do DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE de 2004 foi justamente a preocupação com o que estamos fazendo, não só na baía do Rio de Janeiro, mas em todos mares, oceanos, lagos, lagoas, rios, riachos, córregos e baias do planeta. Pelo visto, não foram só os golfinhos da minha infância e adolescência que foram engolfados pela estupidez...


 
Procurados ! Mares e Oceanos_Vivos ou Mortos ?


Kamil Yavuz, Istambul, cartunista

Enquanto isso, na paz de uma floresta que ainda está viva...


Ilha de Marajó - Brasil, araras ao vento, enquanto não vem o fogo! ( The Economist, maio - 2001)

foto Antônio Gaudério, F olha de São Paulo, 02/dez/04


Floresta torrada no Pará.

foto Jarbas Oliveira, Folha de São Paulo


Deserto em Gilbués, no Piauí

Já no castelo de São Jorge, em Lisboa, uma árvore dirige-se aos que a visitam, dizendo:

foto Inês


" Ao Viandante - Tu que passas e ergues para mim o teu braço, antes que me faças mal, olha-me bem. Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno. Eu sou a sombra que tu encontras quando caminhas sob o sol de agosto. Os meus frutos são a frescura apetitosa que te sacia a sede nos caminhos. Eu sou a trave amiga da tua casa, a tábua da tua mesa, a cama em que descansas e o lenho do teu barco. Eu sou o cabo da tua enxada, a porta da tua morada, a madeira do teu berço e do teu próprio caixão. Eu sou o pão da bondade e a flor da beleza. Tu que passas, olha-me bem e não me faças mal ".

foto Antônio Gaudério - Folha de São Paulo, 4.jan.2002

O biólogo Mário Moscatelli, desolado, senta-se sobre um sofá que foi jogado na lagoa da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá, também foram encontrados geladeiras, móveis e outros objetos de variadas dimensões, mostrando como ainda estamos longe da educação ambiental necessária. Se isto ocorre com um sofá numa grande lagoa, imaginem o destino de inocentes restos de cigarros acesos às margens das estradas. Eu daria dez tostões pelos pensamentos do biólogo, no exato momento da foto. Seriam eles semelhantes aos meus, quando vejo os adolescentes nas escadarias das escolas fumando desbragadamente, ainda mais sabendo que os coordenadores pedagógicos dessas mesmas escolas estão dormindo o sono dos justos?

Em 11 de junho de 2003, recebi um e-mail do biólogo que, sem cobrar-me os dez tostões prometidos, satisfez a minha curiosidade a respeito de seus pensamentos no momento da foto acima. Eis, portanto, a sua mensagem: " Eu sou o biólogo Mário Moscatelli da foto. Quanto ao que eu estava pensando, no momento daquela foto, era que estamos ferrados. Não sei por quanto tempo, mas, por enquanto, com a nossa cultura de usar até acabar e com os administradores públicos que temos, reflexo de nossa sociedade, estamos ferrados!!! Um abraço, Moscatelli.

Em 28 de março de 2005, em resposta a uma das mensagens que trocamos a cerca da destruição ambiental, Moscatelli me revela a manutenção de sua indignação: " Alexandre, com o tipo de administrador que temos no Brasil e no mundo, pode ficar esperando que não vai sobrar quase NADA! Eu não sei como reverter a situação e nem como enfrentar os inimigos".

O biólogo Moscatelli representa para mim o que de melhor existe na militância política, i.e., a busca incessante de melhoria no tema que abraça, pela associação da crítica que emerge do pensar com o suor da ação diuturna. Pois bem, lá está ele na manchete dos jornais educando gente a preservar o meio ambiente:

sobre foto de Custódio Coimbra, Jornal O Globo, 27/03/06

_ Moscatelli, não deixe a deprê te pegar, parceiro, tem rio na Indonésia em que a coisa está ainda pior...

A imagem abaixo, clicada em um rio da Indonésia, me fez pensar nos milhões de adolescentes que ficam chafurdados nas milhares de substâncias tóxicas do cigarro, pouco se lixando para os riscos. Mundo estranho...

Revista Veja, ed. 1765, ano 35, no. 33, 21.ago.2002

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A Indonésia poderá ser aqui

22 / março Dia Mundial da Água

ÁGUA

Campanha do Jornal do Brasil

À poluição das águas soma-se a poluição das areias das praias. Os fumantes que consomem cigarros nas praias do Rio de Janeiro têm o péssimo hábito de fazer de suas areias um cinzeiro natural. Na certa, imaginando que as guimbas de seus cigarrinhos e as cinzas lá batidas serão eliminadas daqueles locais por obra e graça de algum mágico pirlimpimpim. Um recente informe da companhia de limpeza urbana da cidade (COMLURB) dá conta de que são retiradas 1.500 toneladas de lixo das praias por mês. Neste lixo, entre cotonetes, sacos plásticos, cascas de coco, absorventes e preservativos, há grande destaque para as guimbas do serial killer. A presença destas centenas de milhares de restos de fumo altera a biodiversidade do local, inclusive por acabarem indo para a água do mar e servirem de repasto para peixes e outras criaturas mais desavisadas.

O caos climático, com o enlouquecimento dos fenômenos naturais, é considerado por muitos um efeito doentio da nossa própria imbecilidade. Nunca os furacões, por exemplo, foram tão frequentes e tão fortes quanto têm sido. É Frances pra cá e Ivan pra lá, a torto e a direito. Com a passagem do Frances, 1,5 milhões de residentes da Flórida, EUA, tiveram que largar as suas casas, em 2004. Coisa semelhante aconteceu na América Central, apenas uma semana depois, com a chegada do Ivan.

Furacão Katrina, Nova Orleans, EUA, 2005

"Nós já estamos testemunhando mais tempestades no mar e inundações nas cidades. Mesmo que paremos de emitir gás carbônico agora, estaremos fadados à mudança climática pelos próximos 30 ou 40 anos". Sir David King - cientista-chefe da Inglaterra, out/2004

foto Stephen Crowley / The New York Times

 

Furacão Rita, Texas, EUA, 2005 

"Se esses furacões fizerem certos lunáticos nos Estados Unidos admitirem o problema, algo de bom poderá emergir desta terrível situação". Sir John Lawton,Presidente da Comissão Real de Poluição Ambiental do Reino Unido _ set/2005

Infográfico O Globo, 04/jul/03

Senhor, preservai a floresta amazônica e a mata atlântica das guimbas incendiárias !!!

Encarte do CD MATANÇA, ilustrado por Augusto Jatobá, o próprio compositor, sobre devastação real em Eunápolis, Bahia

MATANÇA, de um de meus companheiros de viagem nesta louca e maravilhosa nave chamada Terra, AUGUSTO JATOBÁ_compositor, arquiteto, pintor, ilustrador e papo pra noite toda.

Cipó caboclo tá subindo na virola / chegou a hora do pinheiro balançar / sentir o cheiro do mato da imburana / descansar morrer de sono na sombra da barriguda / de nada vale tanto esforço do meu canto / pra nosso espanto tanta mata haja tanta vão matar / tal mata atlântica e a próxima amazônica / arvoredos seculares impossível replantar / que triste sina teve cedro nosso primo / desde menino que eu nem gosto de falar / depois de tanto sofrimento seu destino / quem por acaso ouviu falar da sucupira / parece até mentira / que o jacarandá / antes de virar poltrona porta armário / morar no dicionário vida eterna milenar / quem hoje é vivo corre perigo / e os inimigos do verde e da sombra / o ar que se respira / e a clorofila das matas virgens / destruídas bom lembrar / que quando chega a hora / é certo que não demora / não chame nossa senhora / só quem pode nos salvar / é caviúna, cerejeira. baraúna / imbuia, pau d'arco, solva / juazeiro, jatobá / gonçalo-alves, paraíba, itaúba / louro, ipê, paracaúba / peroba, massaranduba / carvalho, mogno, canela, imbuzeiro / catuaba, janaúba, aroeira, araribá / pau-ferro, angico, amargoso, gameleira / andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá.

Uma vez, ouvi Trigueirinho dizer algo que nunca mais esqueci: " Na Terra, nos tempos atuais, existem três tipos de pessoas. O grupo maior é o que trata a Terra como se ela fosse uma imensa caixa d'água onde jogam lixo de toda espécie, pouco importando-se com as consequências. Um grupo menor, formado por gente muito bem intencionada, esforça-se desesperadamente para limpá-la sem, obviamente, estar alcançamdo resultado prático algum. Um terceiro grupo, ainda mais reduzido de pessoas, é aquele que já intuiu que limpar esta caixa não é mais uma tarefa posível para os humanos e que a postura mais adequada seria a de coligar-se com as sintonias superiores e aguardar que seja feito um contato suprafísico com indicações sobre o que fazer...". Em que grupo você se colocaria hoje?


O Globo, 29/nov/2003

Alerta da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Conferência Nacional do Meio Ambiente:

"Destruímos 93% da Mata Atlântica, desertificamos o nordeste, poluímos os nossos rios, avançamos de forma avassaladora sobre o cerrado e estamos ameaçando a Amazônia de forma preocupante".

Enquanto torramos as nossas florestas, os nossos matinhos e os nossos quintais, a campanha do dia mundial do meio ambiente de 2005 pedia para tornarmos verdes as cidades do mundo:


  •  

    Representante brasileira da Sociedade Mundial para a Proteção dos Animais (WSPA): Elizabeth McGregor


    A sequência abaixo parece o roteiro de um filme de terror, mas são só as notícias de jornais sobre o que está acontecendo com a Terra e o que estamos fazendo com ela...

    desertificacao.gif (36138 bytes) 

    Gráfico publicado no Jornal O Globo, 5/nov/04

    Ao fumarmos, ajudamos a acabar com as florestas e estamos contribuindo para inviabilizar a vida no planeta Terra da forma como a conhecemos hoje.

    foto de Jarbas Oliveira, Folha de São Paulo, 12/dez/04

    Região de Gilbués wpe3.jpg (4800 bytes) Deserto no Piauí

    Nações Unidas: " 50 milhões de pessoas se tornarão 'refugiadas ambientais' até 2010, expulsas de suas casas por desertificação, elevação do nível do mar, inundações e furacões ligados às mudanças climáticas".


    Qual o elo entre o aquecimento global associado à ação humana e a supertemporada de furacões? Não existe nenhuma prova conclusiva de que a elevação acentuada da temperatura da água do mar que fomentou a atual temporada tenha sido causada pelo aquecimento global provocado pela emissão de poluentes. Muitos cientistas dizem que pode ser um ciclo natural. Porém, poucos especialistas duvidam de que o aquecimento global possa intensificar mudanças naturais do clima no futuro e torná-las ainda mais dramáticas.

    Quais as principais provas de que o homem alterou o clima? Há correlações estatísticas entre o aumento das emissões dos gases do efeito estufa (principalmente dióxido de carbono) e a elevação da temperatura média da Terra. Existem também correlações entre as mesmas emissões e o aumento do número de furacões 4 e 5. Outros sinais são a redução da cobertura de gelo do Ártico, a maior formação de icebergs na Antártica e a intensificação e o aumento da freqüência de secas e tempestades severas.

    Sir John Lawton, para Jornal O Globo, 24/09/05

                    Um dos motores do mundo dá sinais de mudança. Pesquisas indicam que alterações no Amazonas e na monumental rede de rios à sua volta deixarão o clima da maior floresta tropical do planeta mais quente e seco. As consequências serão sentidas muito além das fronteiras da mata, não só no Brasil, mas em todo o planeta.

                    As mudanças climáticas registradas nas últimas décadas são a principal causa do recrudescimento de incêndios florestais no noroeste dos Estados Unidos.

                    O aquecimento global derreteu a grossa camada de gelo que segurava a fissura na rocha do Eiger, nos Alpes suíços. A Suíça tem sido um dos lugares do mundo onde têm sido mais visíveis os sinais das mudanças climáticas.

                    Um terço do mundo está sem água: uma em cada três pessoas já está sofrendo com a escassez de água.

    • Concentração de CO2 é a maior em 800 mil anos _ Novos e alarmantes dados revelam que o aquecimento global já está alterando seriamente o clima do planeta, Jornal O Globo, 08/09/06

                    Estudos nos pólos revelam dados sobre o aquecimento global, confirmando que a concentração de CO2 é a maior nos últimos 800 mil anos. Uma outra análise, no Ártico, mostra que o derretimento de gelo avança em ritmo acelerado, já ameaçando espécies de animais marinhos acostumados à água salgada. Palavras de Eric Wolff, do British Antartic Survey (BAS): "Não há nada no gelo que nos dê razão para sentirmo-nos confortáveis. Não há nada sugerindo que a Terra conseguirá lidar com este aumento de dióxido de carbono. As amostras do gelo sugerem que o aumento do CO2 vai, definitivamente, nos levar a uma mudança clímática perigosa.

    • Caos Climático: 'bomba de efeito retardado _ Gases aprisionados no gelo ampliam calor, Jornal O Globo, 08/09/06

                    Segundo Chris Field, diretor de ecologia do Instituto Carnegie, em Washington, o aquecimento global do planeta está criando uma verdadeira 'bomba de efeito retardado'. A medida que a Terra se torna mais quente, gases do efeito estufa, que estavam aprisionados em camadas de solo congelado perene (permafrost), começam a subir em velocidade muito mais rápida que a estimada. Ao derreter, o permafrost libera metano e anidrido carbônico. Ao chegarem à atmosfera, esses gases contribuem para reter o calor da Terra, aumentando o efeito estufa e acelerando o derretimento de áreas de gelo eterno. De acordo com Katey Walter, da Universidade do Alaska, "estes efeitos podem ser profundos. Está saindo muito gás e há muito mais para sair".

    • Oceano Ártico estará sem gelo até 2060 _ Região é um indicador das mudanças climáticas e revela tendência de aquecimento, em matéria de Steve Connor, do Independent, publicada em O Globo, 04/out/06

                    Em todo o Ártico, há cada vez menos gelo no verão, desde que as medidas começaram a ser realizadas em 1997. O gelo do Ártico é importante porque funciona como uma espécie de isolante térmico, ao refletir os raios do sol e evita que a água do mar absorva mais calor e esquente. Cientistas temem que quanto mais gelo for perdido, mais calor será absorvido e ainda mais gelo derreterá. num ciclo perigoso. "Neste ritmo, o Oceano Ártico não terá mais gelo em setembro por volta de 2060", segundo Juliene Strove, do Centro Nacional de Gelo e Neve dos EUA.

     

     Um gigantesco bloco de gelo, maior que o Havaí, se desprendeu da placa de gelo de Wilkins, na Antártica. Segundo dados do Conselho Superior de Pesquisas Científicas, CSIC, da Espanha, a causa é o Aquecimento Global.

     

    • Colapso de gelo ligado à ação humana _ Estudo comprova interferência do homem no clima da Antártica, Jornal O Globo, 17/out/06

                    Cientistas do Centro de Observação Polar da Universidade de College, de Londres, e da Universidade Katholieken, da Bélgica, revelaram que fortes ventos ocidentais ao norte da península Antártica. provocados, sobretudo, por mudanças climáticas induzidas pelo homem, são responsáveis pelo aquecimento acentuado da região no verão, o que levou à redução e ao colapso da 'barreira de Larsen'. Segundo o principal autor do estudo, Gareth Marshal, "esta é a primeira vez que alguém consegue relacionar um processo físico diretamente ligado ao colapso de Larsen à atividade humana. O aquecimento não impacta o planeta por igual, ele altera padrões climáticos de forma complexa".

    • Aquecimento dissemina doença letal _ Reino Unido atribui mortes por infecção rara ao problema do clima, em matéria de Jeremy Laundance do Independent, publicada em O Globo, 17/out/06

                       As primeiras mortes por doença infecciosa atribuídas ao aquecimento global foram registradas no Reino Unido. Casos da doença dos legionários, uma infecção respiratória que mata um em cada dez afetados, atingiram níveis sem precedentes em agosto e setembro. Para especialistas, o verão extremamente quente deste ano é o culpado. Este foi o verão mais quente no Reino Unido desde 1659, quando a temperatura começou a ser medida no país. Cientistas já haviam advertido que o aquecimento global poderia levar doenças tropicais, como a malária, para países temperados. A doença dos legionários é uma infecção bacteriana que se espalha através da água. É contraída quando a água contaminada é inalada como vapor.

    • Consumo excede em 25% recursos do planeta _ Degradação da biodiversidade é tanta que serão necessárias duas Terras para suprir demanda até 2050Jornal O Globo, 24/out/06

                        O homem está consumindo 25% mais recursos naturais a cada ano do que o planeta é capaz de repor. Levando-se em conta o crescimento populacional, a evolução tecnológica e o desenvolvimento econômico, até 2050 a Humanidade estará consumindo mais do que o dobro da capacidade da Terra. Segundo o relatório "Planeta VIvo 2006" do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). seriam necessários dois planetas para suprir tal demanda. Tal consumo insustentável está levando a um declínio considerável das populações de espécies animais. "Essa tendência global sugere que estamos deteriorando os ecossistemas naturais a um ritmo nunca visto na História da Humanidade", diz o relatório. Em 33 anos (1970 e 2003), as populações de animais terrestres e aquáticos sofreram uma redução de aproximadamente 30%. As emissões de CO2, que tanto contribuem para o aquecimento global, aumentaram mais de 10 vezes entre 1961 e 2003.

    • África, a que mais sofre com o clima _ Combate a pobreza não adiantará se aquecimento continuar elevadoJornal O Globo, 30/out/06

                        Dados compilados pelas organizações britânicas Oxfam, New Economics Foundation (NEF) e Grupo de Trabalho em Mudanças Climáticas e Desenvolvimento, no estudo "Up in Smoke 2". Segundo o relatório, as secas estão piorando e o clima no continente está cada vez mais imprevisível, o que representa uma ameaça de proporções inéditas para a segurança alimentar. "Os africanos estão entre o inferno das secas e as enchentes", disse Andrew Simms, da NEF. O pesquisador lembra que "a grande tragédia e ironia da questão" é que os africanos em pouco, ou nada, contribuem para o aquecimento global.

    • Catástrofe climática _ Aumento da temperatura ameaça reduzir economia mundial em 20% em 50 anosem matéria de Roberta Jansen, Jornal O Globo, 31/out/06

    Sir Nicholas Stern

                        Um relatório do governo britânico _ Relatório Stern_ divulgado, em 30/out/06, aponta para um encolhimento de até 20% na economia mundial dentro de meio século. As secas e o aumento do nível dos mares afetariam consideravelmente a produção de alimentos e as fontes de água potável, gerando uma das maiores levas de refugiados da história. Os maiores prejudicados seriam os países em desenvolvimento, como o Brasil, que não teriam tantos recursos quanto as nações ricas para adaptarem sua economia a um planeta mais quente e instável. Segundo o economista Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial, as temperaturas devem aumentar em até 5 graus Celsius até o final do século. Tal aumento provocaria uma redução catastrófica das chuvas em alguns países mais pobres do mundo, enquanto outras nações teriam que lidar com enchentes provocadas pelo derretimento das geleiras. O nível do mar aumentará de tal forma que boa parte de países como Bangladesh e Vietnã submergirão.

    Relatório Stern: Clicar.

    • Clima: um desastre ameaça a África _Conferência de Nairóbi começa com apelo às nações mais ricas para reduzirem efeitos do aquecimento,Jornal O Globo, 07/nov/06

                           As alterações climáticas em curso ameaçam as recentes conquistas de redução de pobreza e fome e praticamente inviabilizam metas traçadas nessa áreas para um futuro próximo. Na África, 70 milhões de pessoas estariam diretamente ameaçadas por enchentes. Segundo Steve Sawyer, do Greenpeace, "o processo de redução das concentrações de dióxido de carbono precisa ser rápido, para que não haja um vazio entre o fim dos compromissos de Kyoto e os novos.Precisamos atuar rapidamente para superar a velocidade com a qual as geleiras estão derretendo".

    • EUA não alteram política climática _ País não pretende mudar a sua posição sobre o Acordo de Kyoto, Jornal O Globo, 7/nov/06.

                            Responsáveis por cerca de 40% das emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global, os Estados Unidos não só não assinaram o Acordo de Kyoto para redução dos poluentes, como sustentaram ontem, em Nairóbi, QUênia, na Conferência das partes sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) que não pretendem mudar a sua política em relação ao tema pelo menos até o fim do segundo mandatode George W. Bush, em janeiro de 2009.

        Aquecimento Global, Jornal O Globo, 16/12/06

                            As atuais estimativas de aumento do nível do mar podem estar subestimando o impacto das mudanças climáticas induzidas pelo homem, segundo estudo publicado ontem na edição online da "Science". Contrapondo as temperaturas médias globais de superfície ao aumento do nível dos oceanos, o grupo de especialistas da Alemanha e dos Estados Unidos constatou que a elevação pode ser até 59% maior do que o previsto atualmente. Segundo os especialistas, de acordo com cada cenário de aquecimento do planeta, até 2100 os níveis dos mares podem aumentar de meio metro a 1,4 metros em relação a 1990.

        Aquecimento Global faz sua primeira vítima _ Desaparecimento da Ilha Lohachara, na Índia, confirma as mais assustadoras previsões de especialistas sobre clima, Jornal O Globo, 26/12/06

                            O aumento do nível do mar causado pelo aquecimento global fez desaparecer, pela primeira vez, uma ilha da face da Terra. A submersão da ilha de Lohachara, na Índia, localizada na região onde os rios Ganges e Brahmaputra desembocam na Baía de Bengala, marca o momento em que uma das mais apocalípticas previsões de ambientalistas e cientistas sobre o aumento das temperaturas começa a se tornar realidade. Até agora, especialistas apontavam que ilhas de Papua Nova Guiné seriam as primeiras a desaparecer em razão do aquecimento dentro de oito anos. Mas Lohachara acabou ganhando o primeiro lugar desse ranking nefasto. _ Leia mais: Desapearing World: Global warmings claims tropical island (The Independent, 26/dez/2006)_link.

        Neve inesperada em pleno verão da Austrália _ País que sofria de incêndios florestais é surpreendido com nevasca nas montanhas, Jornal O Globo, 26/12/06

                                Nevou no dia de Natal, nos estados australianos de Vitória, Nova Galés do Sul e Tasmânia, que até recentemente combatiam incêndios florestais provocados pelo calor. A neve inesperada em pleno verão ajudou a apagar os incêndios. Meteorologistas disseram que não é possível afirmar que o fenômeno foi causado pelo aquecimento global. No entanto, alternância de extremos de frio e calor, como a registrada agora na Austrália, está em entre as consequências previstas das mudanças climáticas.

        Bloco de gelo gigante se desprende no Ártico _ Mudanças climáticas estariam por trás do fenômeno, o primeiro desse porte na região,em matéria de Michael McCarthy (do The Independent), Jornal O Globo, 30/12/06

                                Uma gigantesca plataforma de gelo se desprendeu no Ártico canadense em mais um sinal de impressionante ritmo com o qual o gelo polar vem derretendo em razão do aquecimento global. Com mais de 100 quilômetros quadrados _ quase cinco vezes o tamanho do centro de Londres _ a plataforma se soltou da costa da ilha de Ellesmere, cerca de 500 quilômetros ao sul do Pólo Norte, no Ártico canadense. A revelação foi feita no mesmo dia em que um dos principais especialistas em clima, James Hansen, afirmou que a terra está se tornando "um planeta diferente" por causa do crescente aumento das emissões de gases do efeito estufa pelo homem: "Temos menos de dez anos para conter o problema antes que o aquecimento global saia completamente do controle".

    Quadro de Michael Pape

    Arctic Edge - Polar Bear & Cub at Elesmere Island - Original Acrylic Painting has been sold. by Michael Pape

    Ilha de Ellesmere, Ártico canadense

                                Até hoje, não havia sido registrado um evento similar entre as seis maiores plataformas do Ártico canadense, que têm gelo de mais de três mil anos de idade. Warwick Vincent, professor da Universidade Laval, em Quebec, que estuda os ecossistemas árticos, foi até a recém-formada ilha de gelo e se disse impressionado com o que viu: "É como se um míssil tivesse atingido o gelo", acrescentando que, em dez anos de pesquisas no Ártico, jamais havia presenciado um colapso tão impressionante: "Não conseguimos ainda ligar todos os pontos, mas, sem dúvida, temperaturas incomumente altas tiveram um papel fundamental. O evento é consistente com as mudanças climáticas. (Mais notícias sobre o evento no New York Times, edição de 30/12/06: link).

        Estudo revela alto desequilíbrio das emissões de CO2 _ Volume emitido em apenas oito dias no Reino Unido equivale ao de um ano nas nações mais pobres, Jornal O Globo, 9/01/07

                                A comparação feita pela ONG World Development Movement (WDM) revela o peso da contribuição das nações desenvolvidas para o aquecimento global, já que o CO2 é o principal gás do efeito estufa. "os países mais pobres, onde vivem 738 milhões de pessoas, de fato, nada contribuem para as mudanças climáticas, mas são essas pessoas que sofrerão os maiores impactos do aquecimento global: 160 mil pessoas já morrem por ano de doenças relacionadas às mudanças climáticas e bilhões serão vítimas de secas, fome e outras doenças", afirma Benedict Southworth, diretor da WDM. (Link_ para a ONG inglesa WDM).

          Clima devastará Europa, Jornal O Globo, 11/01/07

                                Um dos mais ricos e férteis continentes do mundo, a Europa será devastada pelas mudanças climáticas, de acordo com estudo apresentado ontem pela União Européia. Vinhedos e oliveiras _ para citar apenas dois símbolos da fertilidade do continente _ não sobreviveriam ao aquecimento previsto para o próximo século. O turismo também entraria em colapso: o Mediterrâneo ficaria quente demais e o gelo desapareceria de boa parte dos Alpes, com desastrosas consequências para a economia.. "As mudanças climáticas alterarão os ecossistemas europeus ao longo do próximo século. Boa parte (do continente) sofrerá um impacto negativo em razão das secas, da redução da fertilidade dos solos, dos incêndios, entre outros. O continente enfrentará também uma redução de suas terras aráveis, perdas de florestas mediterrâneas e, consequentemente, de biodiversidade. Haverá problemas de abastecimento de água.

           Revolução pós-industrial contra aquecimento _ Comissão européia propõe cortes de até 30% nas emissões de CO2 para combater mudanças climáticas, Jornal O Globo, 11/01/07

                                A Comissão Européia anunciou ontem a mais ambiciosa proposta já apresentada para combate às mudanças climáticas do planeta e desafiou o mundo a seguir o seu exemplo e se engajar na redução de emissões de gases estufa. O anúncio foi feito em meio a um inverno europeu completamente atípico, em que a neve desapareceu de Moscou e franceses estão indo à praia, num sinal claro, para muitos cientistas, das alterações do clima já em curso.

                                A Comissão propõe que os 27 países do bloco reduzam, unilateralmente, 20% de suas emissões de CO2 em relação aos valores de 1990. O volume dos cortes poderia chegar a 30%, se outros países desenvolvidos resolvessem aderir à política. O presidente da Comissão afirmou: " Precisamos de novas políticas para enfrentar uma nova realidade; políticas que preservem a competitividade da Europa, protejam o meio ambiente e tornem nossa oferta de energia mais segura. A Europa deve liderar o mundo nesta revolução pós-industrial: o desenvolvimento de uma economia pobre em carbono". A União européia renovou o seu apelo para que os Estados Unidos _ os maiores poluidores do mundo e que se recusaram a assinar o Acordo de Kyoto _ aceitem as novas metas de redução de emissões. Nos EUA, em todos os seus estados, 2006 foi o ano mais quente no país desde o início dos registros, em 1895.

                Extinção pelas mãos do homem _ Atividades humanas levam ao desaparecimento de três espécies por hora no mundo, Jornal O Globo, 23/05/07

                                As atividades humanas estão levando à extinção três espécies de animais e plantas a cada hora, alertou ontem a ONU, no Dia Internacional da Biodiversidade. Por dia, 150 espécies são extintas. Se nada for feito até 2010, esta será a maior onda de extinção desde aquela que causou o desaparecimento dos dinossauros, há mais de 65 milhões de anos. " A biodiversidade é perdida num nível jamais registrado por meios naturais. Temos que agir imediatamente, em todos os níveis", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ressaltando que o aquecimento global só faz piorar este quadro. O ritmo atual é mil vezes maior do que o natural. As causas apontadas são: a destruição das florestas, o aquecimento global, a poluição, a caça e a exploração abusiva dos recursos naturais.

               Seca Histórica castiga os EUA _ Mudanças climáticas levam país à maior escassez de chuvas desde os anos 30,em matéria de Andrew Gumbell, do Independent, Jornal O Globo, 12/06/07

                                Os Estados Unidos estão enfrentando a sua pior seca desde os anos da grande depressão, na década de 30. Das montanhas e do deserto no Oeste às plantações de trigo no Alabama, onde safras estão sendo comprometidas porque os níveis de chuva estão abaixo da média, passando pelo Lago Okeechobee, na Flórida, que se tornou tão seco que chegou a pegar fogo, a mensagem é clara: o continente americano está gritando por socorro. E por água também. "A seca dos anos 30 durou menos de uma década. Já a que estamos vivendo, pode durar um século" _ alertou Richard Seager, climatologista da Universidade de Columbia.

            Civilização ameaçada _Cientistas alertam para risco de cataclismo ambiental,em matéria de Steve Connor, do Independent, Jornal O Globo, 19/06/07

                                 A Terra está em perigo iminente e só um plano de resgate planetário a salvaria do cataclismo ambiental imposto pelas mudanças climáticas. As palavras não são de ecoterroristas fazendo proselitismo panfletário, mas sim de importantes cientistas escrevendo numa prestigiada revista acadêmica. Seis especialistas de algumas das principais instituições dos EUA, entre eles a Nasa, publicaram um artigo nada ambíguo: a civilização está sendo ameaçada pelo aquecimento global. Eles criticam as estimativas apontadas no IPCC (painel intergovernamental de mudanças climáticas) da ONU, por subestimarem o grau de elevação do nível do mar, decorrente do derretimento de geleiras e das coberturas de gelo dos pólos. Em vez do aumento de 40 centímetros, a elevação dos níveis dos mares poderia chegar a vários metros em 2100. O coordenador da pesquisa foi o diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa, James Hansen. Os outros são Makiko Sato, Pushker Kharecha e Gary Russel, do mesmo Instituto, David Lea, da Universidade da Califórnia e Mark Sidall, do Observatório Lammont-Doherty da Universidade de Columbia, em Nova York. Segundo Hansen, a Humanidade tem cerca de 10 anos para efetivas medidas draconianas de redução das emissões de CO2 e impedir tal catástrofe.

                China: o maior emissor de CO2,Jornal O Globo, 21/06/07

                                A China já é o maior emissor de dióxido de carbono do mundo, ultrapassando os Estados Unidos na lista dos países que mais lançam gases de efeito estufa na atmosfera, um ano antes do previsto. Isto se deve ao crescente aumento do uso de energia do país em razão de seu boom econômico. As emissões de CO2 da China totalizaram 6,2 bilhões de toneladas em 2006. As dos EUA somaram 5,8 toneladas. A União Européia aparece em terceiro lugar, seguida de Rússia, Índia e Japão.

                A floresta sufoca _ Aquecimento global ameaça matar plantas de calor e reduzir biodiversidade, em matéria de Roberta Jansen, Jornal o Globo, 28/11/07

                                   Se o aumento de dióxido de carbono na atmosfera em tese oferece alimento extra para as florestas, a elevação das temperaturas globais causada pelo acúmulo do CO2 pode simplesmente matar a planta de inanição. Estudos mostraram que aumento da temperatura da planta acima de 33 graus Celsius impede-a de realizar fotossíntese adequadamente, i.e., de alimentar-se. De acordo com Edgard Tribuzy, da Universidade Federal do Amazonas, coordenador do estudo, "a planta precisa de 3 coisas para alimentar-se: água, luz e carbono. Água, na Amazônia, ainda é abundante; a luz é um recurso ilimitado. O fator limitante seria o CO2, porém, se o CO2 está aumentando na atmosfera, a capacidade de absorção da planta também aumenta".  "Entretanto", prosegue Tribuzy, "nosso grupo estudou o efeito da temperatura na fisiologia das plantas. Encontramos coisas assustadoras, como folhas com temperaturas de 52 graus Celsius. Isto significa que já temos organismos vivendo sob condições extremas. O aquecimento pode ser muito danoso para a floresta, principalmnete no que se refere à diversidade. Só as plantas adaptáveis a altas temperaturas vão sobreviver".

                Níveis de CO2 continuam a subir _ A queima de combustíveis fósseis por países ricos é a principal causa, Jornal O Globo, 25/04/08

                                As emissões de dióxido de carbono, o principal gás associado ao aquecimento global, continuam a subir em ritmo acelerado. Um dos principais fatores são as crescentes emissões para a geração de energia na China, EUA e Europa. Os níveis de metano também voltaram a se elevar. Embora menos abundante do que o CO2, o metano é pior para o efeito estufa. Um temor dos especialistas é o degelo da permafrost (solo permanentemente congelado) na região ártica. Isto poderia liberar grande quantidades de metano.

                CO2 torna mares mais ácidos a cada dia, Jornal O Globo, 23/05/08

                                O dióxido de carbono emitido pelas atividades humanas tornou a água do mar tão ácida que ela está corroendo as conchas, corais, esqueletos de estrelas do mar e moluscos, alertam os cientistas. Os oceanos absorvem naturalmente CO2. Mas o aumento considerável das emissões desse gás estufa estaria impondo um volume muito acima do suportável, alterando a química e a biologia dos mares. Quanto mais ácido um oceano se torna, mais difícil é para algumas criaturas produzir o carbonato de cálcio necessário para formar conchas e esqueletos.

                Ursos à deriva - Com o derretimento do gelo, animais acabam sem rumo no mar, Jornal O Globo, 20/06/08

                                Uma das piores previsões sobre o impacto do aquecimento no Ártico começa a se concertizar. Ursos polares, que dependem do que caçam sobre o oceano congelado, percorrem distâncias cada vez maiores de banquisas fragmentadas e, às vezes, morrem afogados, exaustos, após nadar quilômetros sem descanso. O urso polar é considerado a espécie-símbolo do Aquecimento Global.

                Temperatura no Alasca já aumentou 4 graus. Juliet Eilperin, do Washington Post, Jornal O Globo, 30/10/08

                                O próximo presidente dos Estados Unidos terá a espinhosa missão de lidar com um assunto estrategicamente deixado de lado pelo governo americano desde que começou a ser debatido com seriedade no cenário político internacional: o aquecimento do planeta e as medidas a serem adotadas para reduzir seus efeitos.

                Terra a caminho do pior cenário climático, Jornal O Globo, 07/11/08

                                O consumo cada vez maior de energia está levando a Terra ao pior cenário de mudanças climáticas, diz o alerta da Agência Internacional de Energia. No relatório a Agência afirma haver a possibilidade de aumento de 6 graus Celsius até o final do século. Uma elevação desta magnitude pode transformar o clima da Terra e é maior do que a prevista pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), que havia previsto elevação de até 5 graus. Se a temperatura subir 6 graus, o equilíbrio climático poderá se romper. Em consequência, regiões temperadas poderiam se tornar quentes, o degelo dos pólos seria dramático e eventos extremos, como furacões e secas, se tornariam mais frequentes e intensos. O motivo da previsão pessimista é que o mundo não dá sinais de que vá consumir menos energia.

                Caminho sem volta - Degelo no Ártico acelera mais do que o previsto e alarma cientistas, Jornal O Globo, 17/12/08

                                Cientistas descobriram a primeira prova inequívoca de que as temperaturas na região do Ártico estão se elevando numa temperatura maior do que as do restante do mundo. E o fenômeno está ocorrendo pelo menos uma década antes que o previsto, alarmando os cientistas. O aumento do derretimento do gelo marinho no verão está fazendo com que o oceano acumule mais calor. As descobertas indicam que o aquecimento do Ártico pode passado do ponto considerável irreversível, em que os verões serão totalmente livres de gelo. Isto poderá ocorrer em 2050, e não em 2070 como era previsto. O Ártico é considerado uma das regiões mais sensíveis do planeta em termos de mudanças climáticas e alterações ali têm um impacto direto em outras partes do Hemisfério Norte, bem como efeitos indiretos no restante do planeta.

                Dois trilhões de toneladas de gelo a menos, Jornal O Globo, 17/12/08

                                Antártica, Groenlândia e Alasca perderam 2 trilhões de toneladas de gelo nos últimos 5 anos, segundo novo estudo da Nasa, por imagens captadas pelo satélite Grace desde 2003. Mais da metade da perda total de gelo foi na Groenlândia. O volume de gelo perdido nestas regiões fez o nível dos mares aumentar em 4,5 milímetros.

                Pinguins: marcha rumo à extinção, Jornal O Globo, 27/01/09

                                O pinguim imperial pode estar extinto até 2100, se a cobertura de gelo da Antártica mantiver o ritmo atual de retração. Estudo que comparou populações entre 1962 e 2005 conclui que há 40% de chances de a espécie desaparecer. A população poderá cair de 6 mil para 400 pares.

                A dieta do clima _ Coma menos carne e combata o aquecimento, Jornal O Globo, 11/02/09

                                Estudo realizado pela Agência de Impacto Ambiental da Holanda conclui que os hábitos alimentares modernos - calcados numa dieta rica em carne vermelha - têm um impacto significativo no aquecimento do planeta. Em primeiro lugar, quanto maior o consumo de carne vermelha, menor a área que seria ocupada por vegetação, que absorveria carbono. Por outro lado, para alimentar os animais, aumenta-se o cultivo de grãos, o que demanda de energia que produz poluentes. Por último, mas não menos importante, há a questão da flatulência. O principal gás eliminado pelos rebanhos mundiais é o gás metano _ um dos principais responsáveis pelo efeito estufa. Os cientistas sugerem que, para ajudar os consumidores, o custo ambiental da carne - ou o volume de emissões de CO2 e metano por porção - seja incluído nos rótulos.

                Crise não reduz emissões de CO2 - Poluição aumentou em 2008 apesar da desaceleração da economia mundial, Jornal O Globo, 26/02/09

                                O relatório divulgado ontem pela Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, sigla em inglês) revela que as concentrações de CO2 na atmosfera aumentaram no ano passado em relação com o ano anterior.

                Mudanças bruscas nos pólos, Jornal O Globo, 26/02/09

                                Um estudo divulgado ontem revelou que as consequências dessas emissões de gases de efeito estufa podem ser ainda piores do que se imaginava. Uma compilação das principais conclusões dos trabalhos feitos por 10 mil cientistas de 60 países mostrou que a elevação das temperaturas e o degelo na Antártica e no Ártico avançam em ritmo bem mais acelerado do que se supunha. O documento afirma que o clima no planeta está mudando com uma rapidez sem precedentes na história da humanidade, o que poderia levar a alterações globais drásticas, como uma alteração no nível dos mares em 1,5 metros.

                Aquecimento global: Região mais alta da Terra sem neve no inverno, Jornal O Globo, 26/02/09

                                No Vale de Kyangin, no Nepal, nos Himalaias, junto ao Monte Everest, moradores dizem que é a primeira vez que comemoram o ano novo tibetano sem que haja neve no local. A região é conhecida como  teto do mundo, e abriga as montanhas mais altas do planeta. Em todas as cadeias montanhosas do mundo, as geleiras e os vales glaciais vêm perdendo gelo em ritmo acelerado nas últimas décadas. De acordo com os cientistas, a falta de neve no Himalaia em pleno inverno está ligada ao aquecimento global.

                Aquecimento fará nível dos oceanos aumentar bem mais que o previsto - Nova previsão mostra elevação do mar duas vezes maior até 2100, Jornal O Globo, 11/03/09

                                 Cidades como Londres, no Reino Unido, e Alexandria, no Egito, vão sofrer constantes inundações. E países insulares como as Maldivas, no Oceano Índico, e Tuvalu, no Pacífico Sul, podem simplesmente desaparecer do mapa até 2100. Estes dados foram divulgados na Dinamarca, em conferência sobre o clima. De acordo com os cientistas, as estimativas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), feitas em 2007, dando conta de uma elevação de 59cm até 2100, já estão defasadas. Para 600 milhões de pessoas que vivem em águas costeiras, esta é uma péssima notícia. "Parece que teremos grandes desastres causados por inundações em diversas áreas", disse David Vaughan, do Centro Britânico de Pesquisas da Antártica, "as geleiras estão se partindo mais frequentemente, adicionando mais água aos oceanos do que se imaginava". Os EUA gastariam mais de US$ 150 bilhões para proteger sua extensa costa.

                Irreversível: Aquecimento pode fazer Amazônia perder até 85% da área, Jornal O Globo, 12/03/09

                                 Mesmo que os melhores dos cenários sobre as mudanças climáticas se concretize, o destino da Amazônia já está traçado: poderá perder até 40% de sua área até 2100. Num cenário mais extremo, no entando, a perda poderá vir a ser de 85%. Com isto, além da perda de biodiversidade, a floresta teria reduzido a sua capacidade de absorver CO2, agravando ainda mais o aquecimento global. Disse Vicky Pope, cientista do britânico Hadley Center: " Os impactos do aquecimento global sobre na Floresta Amazônica são bem piores do que pensávamos. À medida que as temperaturas continuarem subindo ao longo deste século, os estragos vão se acumulando, não sendo sentidos de forma óbvia agora, mas se apresentarão no futuro". A razão disto é a chamada inércia da floresta, um fenômeno que faz com que impactos demorem muito tempo para atingir todo o seu potencial dentro do ecossistema.

                                Sobre este estudo, Peter Cox, professor da Universidade de Exeter e especialista em clima, conta: "Os trópicos conduzem o clima do mundo e grandes perdas na Amazônia afetariam todo o planeta. Embora não se saiba exatamente como isto irá acontecer, podemos esperar mais extremos climáticos em todo o mundo. Destruir a Floresta Amazônica quer dizer também inverter o seu papel de sumidouro para emissor de carbono".  O especialista da Universidade de East Anglia, resumiu o sentimento geral após a divulgação do estudo do Headley Center: "Quando eu era mais novo, acreditava que a derrubada de árvores iria destruir a floresta. Hoje, vejo que o aquecimento global é, sim, o maior perigo para este ecossistema".

        Vale conhecer: Climate Change - Met Office - site de órgão governamental britânico

                Degelo antártico pode elevar mar em 5 metros _ Aquecimento amplia os efeitos dos ciclos naturais da região, Jornal O Globo, 19/03/09

                              Um aumento de 5 graus Celsius na temperatura dos oceanos - um cenário extremo do aquecimento global - pode acelerar dramaticamente os ciclos de desaparecimento da calota glacial na parte ocidental da Antártica voltada para a América do Sul, elevando o nível do mar em 5 metros, com graves repercussões na costa brasileira. 

Al Gore 

Albert Arnold 'Al' Gore Jr., ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos, uma das mais importantes vozes mundiais da atualidade quando falamos sobre a preservação da vida no planeta e o aquecimento global causado pelo homem, é um ferrenho combatente do tabaco, sobretudo após haver acompanhado o sofrimento de sua irmã fumante, Nancy Gore Hunger, morta aos 40 anos por câncer de pulmão. O curioso na história da família Gore é que ela era plantadora de tabaco, em Tennessee, nos EUA. Em seu livro recente, "Uma verdade Inconveniente, o que devemos saber (e fazer) sobre o aquecimento global", num dos trechos, Al Gore escreveu:

"Nancy começou a fumar aos 13 anos e nunca parou. Tentou várias vezes, mas o cigarro realmente a dominava. Os cientistas já tinham concluído que a nicotina viciava mais do que a heroína; e os estudos mostravam que aqueles que começam a fumar na adolescência, ou antes, são os que mais têm dificuldade em parar. Mesmo depois de 1964, quando um relatório do Surgeon General (equivalente ao Ministério da Saúde brasileiro) afirmou de forma clara e inquestionável que fumar pode causar câncer no pulmão, as indústrias de cigarros continuaram trabalhando sem cessar para incentivar o público a não acreditar na ciência, tentando levantar dúvidas sobre o problema. ...Falei em público pela primeira vez sobre a morte de minha irmã quando aceitei a nomeação do Partido Democrata para a Vice-Presidência, em 1996. Era impossível não falar nela enquanto o país estava travando uma guerra contra as indústrias tabagistas. O objetivo era fazê-las mudar sua maneira de agir _ não mais ludibriar os jovens, levando-os a cometer o mesmo erro que Nancy cometera quando começou a fumar aos 13 anos. ... Sei, a partir desta experiência, que às vezes as pessoas demoram "a ligar os pontos", quando descobrem que um hábito ou comportamento antigo se revelam prejudiciais. ...Da mesma forma como os cientistas do ano de 1964 nos disseram claramente que o cigarro mata por causa do câncer de pulmão e outras doenças, hoje os melhores cientistas do século XXI estão nos dando um novo alerta. Eles nos advertem que o aquecimento e os poluentes que estamos lançando na atmosfera terrestre estão prejudicando o clima do planeta e colocando em grave risco o futuro da civilização humana. E mais uma vez, estamos demorando tempo demais para ligar os pontos". Fim

 

Como é ridículo saber que o ato de fumar tem participação em toda esta desgraceira que está acontecendo com a Terra, e que não consigamos fazer com que a maioria saiba disto ou modifique os seus hábitos...

Pedimos: se virem uma placa à margem de alguma estrada brasileira orientando para que não sejam jogadas guimbas acesas no local, favor fotografá-la para que a publiquemos aqui. Conto com vocês, tá bom? Até hoje, nunca vi uma!?

Infográfico, Editoria de arte, Jornal O Globo, 16/fev/2005

Conseqüências do aquecimento global

Em 2005, o desfile da Escola de Samba carioca Império Serrano veio dar o fundo musical deste capítulo:

Um grito ecoa no ar_ Homem / Natureza _ o equilíbrio perfeito

" Clamando numa só voz, vem meu Império

A gente tem que pensar, é caso sério

Pra natureza sorrir, o homem tem que mudar

E aprender a preservar".

foto da Revista Veja,  25/out/06

James Lovelock

A entrevista que o cientista inglês, James Lovelock, concedeu ao jornalista Diogo Schelp (revista Veja, 25/out/06) foi o alerta mais contundente que eu já lera sobre o riscos do desequilíbrio ecológico. Quando escrevi inicialmente este capítulo, entre 1994 e 95, dando o título que dera, AJUDEM A CUIDAR DO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO, ANTES QUE O DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO CUIDE DE VOCÊS, parece que, sem ser ambientalista, intuía da energia reinante o que era para ser feito. Vale a leitura desta entrevista, sobretudo, se vocês puderem transformar a forma de se relacionar com o planeta e com os seres minerais, vegetais e animais que estão nele. De preferência, sugiro que vocês se recolham de vez em quando, e prestem a atenção no que o íntimo de vocês diz sobre o que é possível fazer.

The Green Initiative - De que lado você está?

Aquecimento Global, o que podemos fazer agora? Link (Yahoo)

Elevação dos mares

Como o Aquecimento Global vai afetar o Brasil? Link (Revista Época, Ed.463)

Mudanças do Clima, Mudanças de Vidas LINK (Greenpeace)


O Mundo

Música de Zeca Baleiro, Chico César, Lenine e Paulinho Moska

O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milanesa
tem coreano, japonês, japonesa

O mundo é uma salada russa
tem nêgo da Pérsia, tem nêgo da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
tem nêgo do Zâmbia, tem nêgo do Zaire

O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açúcar é doce, o sal é salgado

O mundo - caquinho de vidro -
tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente

Por que você me trata mal
se eu te trato bem?
Por que você me faz o mal
se eu só te faço o bem?

(Repete tudo)

Todos somos filhos de Deus
Só não falamos a mesma língua.


Dia Mundial do Meio Ambiente 2007

O DEGELO, Um Assunto Quente.

em inglês, espanhol, francês, árabe, mandarim e russo

 

melting ice

É o gelo acabando e a nossa batata assando...


World Environment Day 2006 Algiers, Algeria
World Environment Day 2005 San Francisco, USA
World Environment Day 2004 Barcelona, Spain
World Environment Day 2003 Beirut, Lebanon
World Environment Day 2002 Shenzhen, People's Republic of China
World Environment Day 2001 Torino, Italy and Havana, Cuba
World Environment day 2000 Adelaide, Australia


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Importância para a vida e distribuição no planeta



A água é um mineral, elemento químico simples (H2O) fundamental para o planeta. Está por toda parte, forma oceanos, geleiras, lagos e rios. Cobre ¾ da superfície da Terra: um bilhão 340 milhões de quilômetros cúbicos. Abaixo da superfície, infiltrada no solo, há mais quatro milhões de quilômetros cúbicos que contornam rochas, cavernas, formam poços, lençóis e aqüíferos. Em torno do planeta, na atmosfera terrestre, existe mais de cinco mil quilômetros cúbicos de água, em forma de vapor.

Sem água, a vida como conhecemos seria impossível. Toda evolução dos seres vivos está associada e depende desse precioso líquido. 

A humanidade tem seu desenvolvimento associado aos usos da água e durante milênios o homem considerou-a um recurso infinito. Apenas há algumas décadas a humanidade despertou para a dura realidade de que, diante de maus usos, os recursos naturais estão se tornando escassos e que é preciso acabar com a falsa idéia de que os recursos hídricos, ou seja, a água, não é inesgotável.
Atualmente, mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo sofrem com a falta d´água. 
Embora exista muita água no planeta, o maior volume, 97,5%, está nos oceanos e é salgada: apenas 2,5 % é doce, mas está concentrada nas regiões polares, congelada. Resta à humanidade 0,7% da água doce da Terra, armazenada no subsolo, o que dificulta sua utilização.
Somente 0,007% está disponível em rios e lagos superficiais.



 

 

 

 

 

Importância para a vida e distribuição no planeta



A água é um mineral, elemento químico simples (H2O) fundamental para o planeta. Está por toda parte, forma oceanos, geleiras, lagos e rios. Cobre ¾ da superfície da Terra: um bilhão 340 milhões de quilômetros cúbicos. Abaixo da superfície, infiltrada no solo, há mais quatro milhões de quilômetros cúbicos que contornam rochas, cavernas, formam poços, lençóis e aqüíferos. Em torno do planeta, na atmosfera terrestre, existe mais de cinco mil quilômetros cúbicos de água, em forma de vapor.

Sem água, a vida como conhecemos seria impossível. Toda evolução dos seres vivos está associada e depende desse precioso líquido. 

A humanidade tem seu desenvolvimento associado aos usos da água e durante milênios o homem considerou-a um recurso infinito. Apenas há algumas décadas a humanidade despertou para a dura realidade de que, diante de maus usos, os recursos naturais estão se tornando escassos e que é preciso acabar com a falsa idéia de que os recursos hídricos, ou seja, a água, não é inesgotável.
Atualmente, mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo sofrem com a falta d´água. 
Embora exista muita água no planeta, o maior volume, 97,5%, está nos oceanos e é salgada: apenas 2,5 % é doce, mas está concentrada nas regiões polares, congelada. Resta à humanidade 0,7% da água doce da Terra, armazenada no subsolo, o que dificulta sua utilização.
Somente 0,007% está disponível em rios e lagos superficiais.