zecomeiausp@yahoo.com.br wilsinho64@yahoo.com.br borenosbor@yahoo.com.br http:\\\\br.groups.yahoo.com/group/notadez rosesempre@hotmail.com samutecjc@hotlmail Total de visitas: 474042
|
FISIOLOGIA COMPARADA
FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA
https://www.youtube.com/watch?v=7HI-_VwYVAc
NUTRIÇÃO
É o conjunto de processos pelos quais o organismo incorpora e utiliza os nutrientes. Compreende as seguintes funções: digestão, respiração, excreção e circulação. Pode ser classificada como autótrofa ou heterótrofa.
DIGESTÃO
É o conjunto das transformações, mecânicas e químicas, que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis. Pode ser extra ou intracelular.
Protozoários
Digestão intracelular com formação de vacúolos digestivos.
Poríferos
Digestão intracelular no interior de células chamadas coanócitos.
Coanócito
Cnidários
Sistema digestivo incompleto, apenas com boca. Primeiramente a digestão é extracelular e, num segundo momento, passa a ser intracelular.
Platelmintos
Digestão extra e intracelular. Tubo digestivo incompleto, presença de faringe protráctil.
Nematóides
Primeiros a apresentarem sistema digestório completo.
Anelídeos
Sistema digestório completo (boca e ânus). Presença de: lábio, papo, moela e intestino (com cecos intestinais e tiflossole que aumentam a superfície de absorção). Podem aparecer dentes na farínge, como nas sanguessugas.
Moluscos
Apresentam sistema digestório completo, Algumas espécies apresentam a rádula (língua que rala). Outras espécies são do tipo filtradoras.
Artrópodes
Possuem sistema digestório completo, com boca rodeada por apêndices articulados que auxiliam na alimentação (pode ser do tipo sugador, mordedor, cortador).
Equinodermos
Sistema digestório completo. Boca na face ventral com cinco dentes formando a lanterna de Aristóteles.
Peixes
Peixes ósseos (carà, tainha) possuem sistema digestório completo terminado em ânus.
Peixes cartilaginosos (tubarões, arraias) possuem sistema digestório completo que termina em cloaca.
Aves
Ruminantes
Sistema Digestório Humano
1. O esôfago é um longo tubo muscular que leva o alimento da boca para o estômago. 2. O abdômen contém todos os órgãos digestivos. 3. O estômago, situado na parte superior do abdômen, normalmente retém um pouco mais de 1500 ml de uma única refeição. Aqui, o alimento é misturado a um ácido produzido para auxiliar na digestão. No estômago, o ácido e outros sucos digestivos são adicionados ao alimento ingerido, para facilitar a fragmentação das proteínas complexas, gorduras e carboidratos em unidades pequenas e mais absorvíveis. 4. Uma válvula (cardia) na entrada para o estômago, vinda do esôfago, permite que o alimento entre, enquanto evita o "refluxo" para o esôfago do alimento misturado ao ácido, causando danos e dor. 5. O piloro é um pequeno músculo arredondado, localizado na saída do estômago e entrada para o duodeno (a primeira seção do intestino delgado). Ele fecha a saída do estômago, enquanto o alimento está sendo digerido e transformado em uma forma menor e mais facilmente absorvível. Quando o alimento é apropriadamente digerido, o piloro se abre e permite que o conteúdo do estômago passe para o duodeno.
6.O intestino delgado tem um comprimento de aproximadamente de 4,5 a 6 metros, onde ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes do alimento. O intestino delgado é composto de três seções: duodeno, jejuno e íleo. 7.O duodeno é a primeira seção do intestino delgado, onde o alimento é misturado à bile produzida pelo fígado e a outros sucos pancreáticos. É onde a maior parte de ferro e cálcio é absorvida. 8.O jejuno é a parte do meio do intestino delgado, que se estende do duodeno até o íleo e é responsável pela digestão. 9.O último segmento do intestino, o íleo, é onde a absorção das vitaminas A, D, E e K solúveis em gordura e outros nutrientes são absorvidos. 10.Uma outra válvula separa os intestinos delgado e grosso, para evitar que o conteúdo do cólon misturado a bactérias retorne ao intestino delgado. 11.No intestino grosso, o excesso de líquidos é absorvido, formando uma evacuação firme. O cólon pode absorver proteínas, quando necessário.
https://www.youtube.com/watch?v=Ii1BqYbtqpU&feature=fvwrel
FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA
NUTRIÇÃO
É o conjunto de processos pelos quais o organismo incorpora e utiliza os nutrientes. Compreende as seguintes funções: digestão, respiração, excreção e circulação. Pode ser classificada como autótrofa ou heterótrofa.
DIGESTÃO
É o conjunto das transformações, mecânicas e químicas, que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis. Pode ser extra ou intracelular.
Protozoários
Digestão intracelular com formação de vacúolos digestivos.
Poríferos
Digestão intracelular no interior de células chamadas coanócitos.
Coanócito
Cnidários
Sistema digestivo incompleto, apenas com boca. Primeiramente a digestão é extracelular e, num segundo momento, passa a ser intracelular.
Platelmintos
Digestão extra e intracelular. Tubo digestivo incompleto, presença de faringe protráctil.
Nematóides
Primeiros a apresentarem sistema digestório completo.
Anelídeos
Sistema digestório completo (boca e ânus). Presença de: lábio, papo, moela e intestino (com cecos intestinais e tiflossole que aumentam a superfície de absorção). Podem aparecer dentes na farínge, como nas sanguessugas.
Moluscos
Apresentam sistema digestório completo, Algumas espécies apresentam a rádula (língua que rala). Outras espécies são do tipo filtradoras.
Artrópodes
Possuem sistema digestório completo, com boca rodeada por apêndices articulados que auxiliam na alimentação (pode ser do tipo sugador, mordedor, cortador).
Equinodermos
Sistema digestório completo. Boca na face ventral com cinco dentes formando a lanterna de Aristóteles.
Peixes
Peixes ósseos (carà, tainha) possuem sistema digestório completo terminado em ânus.
Peixes cartilaginosos (tubarões, arraias) possuem sistema digestório completo que termina em cloaca.
Aves
Ruminantes
Sistema Digestório Humano
1. O esôfago é um longo tubo muscular que leva o alimento da boca para o estômago. 2. O abdômen contém todos os órgãos digestivos. 3. O estômago, situado na parte superior do abdômen, normalmente retém um pouco mais de 1500 ml de uma única refeição. Aqui, o alimento é misturado a um ácido produzido para auxiliar na digestão. No estômago, o ácido e outros sucos digestivos são adicionados ao alimento ingerido, para facilitar a fragmentação das proteínas complexas, gorduras e carboidratos em unidades pequenas e mais absorvíveis. 4. Uma válvula (cardia) na entrada para o estômago, vinda do esôfago, permite que o alimento entre, enquanto evita o "refluxo" para o esôfago do alimento misturado ao ácido, causando danos e dor. 5. O piloro é um pequeno músculo arredondado, localizado na saída do estômago e entrada para o duodeno (a primeira seção do intestino delgado). Ele fecha a saída do estômago, enquanto o alimento está sendo digerido e transformado em uma forma menor e mais facilmente absorvível. Quando o alimento é apropriadamente digerido, o piloro se abre e permite que o conteúdo do estômago passe para o duodeno.
6.O intestino delgado tem um comprimento de aproximadamente de 4,5 a 6 metros, onde ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes do alimento. O intestino delgado é composto de três seções: duodeno, jejuno e íleo. 7.O duodeno é a primeira seção do intestino delgado, onde o alimento é misturado à bile produzida pelo fígado e a outros sucos pancreáticos. É onde a maior parte de ferro e cálcio é absorvida. 8.O jejuno é a parte do meio do intestino delgado, que se estende do duodeno até o íleo e é responsável pela digestão. 9.O último segmento do intestino, o íleo, é onde a absorção das vitaminas A, D, E e K solúveis em gordura e outros nutrientes são absorvidos. 10.Uma outra válvula separa os intestinos delgado e grosso, para evitar que o conteúdo do cólon misturado a bactérias retorne ao intestino delgado. 11.No intestino grosso, o excesso de líquidos é absorvido, formando uma evacuação firme. O cólon pode absorver proteínas, quando necessário.
A respiração
A respiração ocorre dia e noite, sem parar. Nós podemos sobreviver determinado tempo sem alimentação, mas não conseguimos ficar sem respirar por mais de alguns poucos minutos. Você sabe que todos os seres vivos precisam de energia para viver e que essa energia é obtida dos alimentos. O nosso organismo obtém energia dos alimentos pelo processo da respiração celular, realizada nas mitocôndrias, com a participação do gás oxigênio obtido no ambiente.
A glicose é um os principais “combustíveis” utilizados pelas células vivas na respiração. Observe o que ocorre nas nossas células:
Glicose + gás oxigênio ----> gás carbônico + água + energia
É esse tipo de fenômeno que ocorre sem parar no interior das células viva, liberando a energia que garante a atividade dos nossos órgãos por meio do trabalho das células.
A respiração pode ser entendida sob dois aspectos:
- O mecanismo por meio da qual a energia química contida nos alimentos é extraída nas mitocôndrias e usada para manter o organismo em atividades, esse mecanismo é a respiração celular;
- O conjunto de processos de troca do organismo com o ambiente externo que permite a obtenção de gás oxigênio e a eliminação do gás carbônico.
Estudaremos a respiração segundo esse último aspecto. Veremos, portanto, como o gás oxigênio é absorvido do ar atmosférico e chega às nossas células; e como o gás carbônico produzido durante a respiração celular é eliminado do organismo.
O sistema respiratório
O sistema respiratório humano é formado pelos seguintes órgãos, em seqüência: nariz, faringe,laringe, traquéia, brônquios e pulmões.
|
|
Na respiração ocorrem dois tipos de movimento: a inspiração e a expiração de ar. Na inspiração, o ar atmosférico penetra pelo nariz e chega aos pulmões; na expiração, o ar presente nos pulmões é eliminado para o ambiente externo.
O ar entra em nosso corpo por duas cavidades existentes no nariz: as cavidades nasais direita e esquerda. Elas são separadas completamente por uma estrutura chamada septo nasal; comunicam-se com o exterior pelas aberturas denominadas narinas e com a faringe pelos cóanos. As cavidades nasais são revestidas internamente pela mucosa nasal. Essa mucosa contém um conjunto de pêlos junto as narinas e fabrica uma secreção viscosa chamada muco.
Os pêlos e o muco atuam como filtros capazes de reter microorganismos e partículas sólidas diversas que penetram no nariz com o ar. Por isso, devemos inspirar pelo nariz e não pela boca: o ar inspirado pelo nariz chega aos pulmões mais limpo do que o ar inspirado pela boca. Além de filtrado, o ar é também adequadamenteaquecido e umidificado no nariz.
|
Órgãos do sistema respiratório
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.
Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10- 12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
|
|
|
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma
O trabalho dos alvéolos pulmonares
Os alvéolos são estruturas elásticas, formadas por uma membrana bem fina e envolvida por uma rede de vasos capilares sanguíneos.
Existem milhões de alvéolos em cada pulmão. É em cada um deles que ocorrem as trocas gasosas entre o pulmão e o sangue. Nos alvéolos ocorre uma difusão dos gases por diferença de concentração e, consequentemente, da pressão dos gases. O sangue que chega aos alvéolos absorve o gás oxigênio inspirado da atmosfera. Ao mesmo tempo, o sangue elimina gás carbônico no interior dos alvéolos; esse gás é então expelido do corpo por meio da expiração.
Os movimentos respiratórios
Na inspiração, o diafragma e os músculos intercostais se contraem. Ao se contrair, o diafragma desce e a cavidade torácica aumenta de volume verticalmente. Quando os músculos intercostais contraem, eles levam as costelas e o volume da cavidade torácica aumenta horizontalmente. Com o aumento do volume do tórax, a pressão do ar no interior da cavidade torácica e dos pulmões diminui. Então, a pressão do ar atmosférico torna-se maior que a pressão do ar interno, e o ar atmosférico penetra no corpo indo até os alvéolos pulmonares: é a inspiração.
Num segundo movimento, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, diminuindo o volume da cavidade torácica. Então, a pressão do ar interno (no interior dos pulmões) aumenta, tornando-se maior que a pressão atmosférica. Assim, o ar sai do corpo para o ambiente externo: é a expiração.
Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio, presente no ar inspirado, passa para o sangue que é então distribuído pelas hemácias a todas as células vivas do organismo. Ao mesmo tempo, as células vivas liberam gás carbônico no sangue. Nos pulmões, o gás carbônico passa do sangue para o interior dos alvéolos e é eliminado para o ambiente externo por meio da expiração.
Circulação nos seres vivos
Existem três tipos de circulação sanguínea:
Circulação dupla completa é característica dos mamíferos, como é o caso de nós seres humanos:
Os anfíbios são animais com circulação dupla incompleta como mostra a imagem abaixo expostosta:
Os animais com circulação simples, como é o exemplo dos peixes possuem o seguinte sistema circulatório:
Circulação
As células de todos os seres vivos precisam receber nutrientes e eliminar os resíduos de seu metabolismo. Nos animais mais complexos e que possuem sistemas especializados no transporte de inúmeras substâncias, há um coração que bombeia o líquido circulante para as células com uma determinada frequência. O líquido circulante pode ser incolor, chamado de hemolinfa, presente nos insetos, ou colorido e neste caso recebe o nome de sangue. A cor é determinada pela existência de pigmentos, como é o caso da hemoglobina presente em muitos invertebrados e em todos os vertebrados, que contêm átomos de ferro responsáveis pela coloração avermelhada do sangue.
Como se dá a circulação nos diferentes filos animais.
Filo
|
Como é a circulação
|
Poríferos
|
Circulação de água pelo átrio, amebócitos móveis na camada gelatinosa da parede do corpo. |
Cnidários
|
Cavidade gastrovascular - digestão de alimento e circulação de água e substâncias dissolvidas. |
Platelmintos
|
Cavidade digestiva ramificada (cavidade gastrovascular). |
Anelídeos em diante
|
Sistema circulatório - vasos favorecem o fluxo contínuo de material dissolvido em água. |
Os dois tipos de sistemas circulatórios
Nos animais, há dois tipos de sistema circulatório: sistema aberto e sistema fechado. No sistema circulatório aberto, o líquido bombeado pelo coração periodicamente abandona os vasos e cai em lacunas corporais. Nessas cavidades, as trocas de substâncias entre o líquido e as células são lentas. Vagarosamente, o líquido retorna para o coração, que novamente o bombeias para os tecidos. Esse sistema é encontrado entre os artrópodes e na maioria dos moluscos. A lentidão de transporte de materiais é fator limitante ao tamanho dos animais. Além disso, por se tratar de um sistema aberto, a pressão não é grande, suficiente apenas para o sangue alcançar pequenas distâncias.
O gafanhoto possui circulação aberta
No sistema fechado, o sangue nunca abandona os vasos. No lugar das lacunas corporais, existe uma grande rede de vasos de paredes finas, os capilares, pelos quais ocorrem troca de substâncias entre o sangue e os tecidos. Nesse tipo de sistemas, o líquido circulante fica constantemente em movimento, a circulação é rápida. A pressão desenvolvida pela bomba cardíaca é elevada e o sangue pode alcançar grandes distâncias. O tamanho dos animais pode ser maior. Esse tipo de sistema circulatório é encontrado nos anelídeos, em alguns moluscos ágeis (lulas e polvos) e em todos os vertebrados.
Circulação fechada de um anelídeo.
A circulação humana
No ser humano, como em todos os mamíferos, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo núcleo funcional é o coração. A circulação é responsável pela disseminação de alimentos e de oxigênio e retirada dos restos formados pelas atividades celulares, esse trabalho é executo pelo sangue.
Coração Humano
|
|
- Tamanho: aproximadamente o de um punho fechado. - Peso: cerca de 300 gramas. - Número de batimentos cardíacos por minuto: bate ente 72 e 80 vezes/min. - Função: mantém uma corrente constante de sangue venoso para os pulmões e outra de sangue arterial para as diferentes partes do corpo.
O coração é um músculo oco, de fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa) e dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade consiste de duas câmaras: 1 aurícula superior e 1 ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito do coração e a bicúspide ou mitral, do lado esquerdo.
Estas válvulas abrem-se em direção aos ventrículos durante a contração das aurículas e, em seguida, fecham-se, impedindo o refluxo do sangue. Na aurícula direita chegam às veias cavas superior e inferior e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares.
|
Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta. Em cada contração, o sangue é bombeado, com certa pressão, para o interior dos vasos sanguíneos (artérias, arteríola, capilares vênulas e veias).
O coração funciona como uma bomba e seu trabalho resulta na circulação do sangue no organismo. Esse trabalho é possível graças à presença de uma musculatura cardíaca chamada miocárdio. Quando o coração se relaxa (diástole), enche-se de sangue, que chega através das veias; ao contrair os vasos, artérias, o sangue é levado para todo o organismo.
Os movimentos cardíacos: Sístole e Diástole
A contração ventricular é conhecida como sístole e nela ocorre o esvaziamento dos ventrículos. O relaxamento ventricular é conhecido como diástole e é nessa fase que os ventrículos recebem sangue dos átrios.
A contração ventricular força, então, a passagem de sangue para as artérias pulmonar e aorta, cujas válvulas semilunares (três membranas em forma de meia lua) se abrem para permitir a passagem de sangue. Uma vez no interior desses vasos, o retorno do sangue (refluxo) para os ventrículos a partir das artérias aorta e pulmonar é evitado pelo súbito fechamento dessas mesmas válvulas.
O sangue
Os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas são como as peças de um carro. Cada um tem uma função definida. Os glóbulos vermelhos levam oxigênio. Os brancos combatem infecções, ou seja, vírus e bactérias que atacam o corpo e nos deixam doentes. E as plaquetas ficam responsáveis por parar os sangramentos, como quando alguém faz um corte na mão - ou seja, a plaqueta ajuda na coagulação do sangue. Os três estão misturados numa substância líquida chamada plasma. Um homem tem em média 5 milhões de glóbulos vermelhos por milímetro cúbico de sangue.
O sangue não anda só por avenidas. Existem também as ruas, que são as vênulas e as arteríolas - veias e artérias menores. E ainda há ruazinhas chamadas de vasos capilares. Tudo isso porque o sangue tem que chegar em cada pequeno quarteirão do nosso corpo, na mais remota periferia.
Olhe para sua mão: tem um monte de veias e artérias debaixo da pele. É assim no seu corpo inteiro. Por isso, quando você leva um corte - não importa onde seja - sempre sai sangue. Tudo bem, o sangue está por todo o corpo. Mas quanto sangue, exatamente?
Depende do tamanho da pessoa. Um adulto tem cinco litros, em média.
Características dos vasos
As artérias: Sua função é transportar sangue oxigenado sob uma pressão elevada aos tecidos, por esta razão as artérias têm paredes vasculares fortes e o sangue flui rapidamente nelas. As artérias são tubos expansíveis que têm três capas:
- Interna ou íntima: formada por tecido endotelial.
- Média: composta principalmente por fibras elásticas.
- Externa ou adventícia: composta principalmente por tecido fibroso. Pela presença do tecido elástico as artérias respondem de forma passiva à pressão do sangue contido.
O tecido elástico perde a flexibilidade com a velhice e então as artérias tendem a encolher-se, tornando-se tortas e endurecidas, o que faz com que a pressão se modifique.
As arteríolas: São as últimos partes do sistema arteriolar. Sua estrutura é similar às artérias, sendo a capa média principalmente muscular, pelo que se espera que haja mudanças ativas e não passivas em seu calibre. Portanto a quantidade de sangue que chega à camada capilar pode aumentar ou diminuir em resposta às necessidades dos tecidos e, às vezes, em resposta à atividade emocional. Por exemplo: a palidez provocada pelo medo, a frieza das mãos devida à apreensão ou o rubor facial ante a vergonha.
Os capilares: Os capilares são compostos de uma só capa: o endotélio. Em média, não medem mais do que 1mm de comprimento e servem de conexão entre arteríolas e vênulas. A função dos capilares é intercambiar líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial ou tissular. Para esta função as paredes capilares são muito finas e permeáveis às moléculas pequenas.
|
|
As vênulas e veias: As vênulas recolhem o sangue dos capilares. Estas se unem para formar veias. Possuem três capas como as artérias, porém mais finas, especialmente a capa média. A pressão nelas é mais baixa em comparação com as artérias. As veias atuam como condutoras para o transporte do sangue dos tecidos até o coração mas, de forma igualmente importante, servem como reserva fundamental do sangue. As veias têm um calibre muito maior do que as artérias, sendo seu fluxo muito mais lento. Estas devolvem ao coração o sangue contra a gravidade e, por isso, têm válvulas que fomentam o fluxo de retorno venoso ao coração.
A congestão venosa que se sente nos pés quentes e cansados ao fim de um dia movimentado diminui colocando-se os pés em posição mais alta do que o tronco.
|
EXCREÇÃO
ANFIBIOS:
Os Anfíbios são animais que compõem a classe Amphibia de vertebrados, pecilotérmicos que não tem uma bolsa amniótica. Dentre diversas características que os diferem dos demais animais podemos ressaltar a excreção dos Anfíbios como um ponto de interesse pelos estudiosos.
Excreção Dos Anfíbios
O sistema excretor desses animais é relativamente simples sendo composto por rins mesosféricos que estão ligados a bexiga por ureteres. A bexiga por sua vez está ligada a cloaca dos Anfíbios. Quando os Anfíbios ainda estão no seu estado de larva a sua excreta é a Amônia e quando eles crescem e se tornam adultos passam a excretar ureia.
A excreção dos Anfíbios é um tema que é bastante destacado em seu estudo, exatamente por essa mudança de produto final. Porém, existem outras características interessantes a respeito desses animais como, por exemplo, o fato de a sua vida ser dividida em duas fases bem distintas que são a fase aquática e a fase terrestre.
Répteis
Primeiros Vertebrados Bem-Sucedidos no Meio Terrestre
|
|
Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar, com sucesso e definitivamente, o ambiente terrestre. Isto porque desenvolveram algumas características adaptativas, tais como: presença de casca calcária envolvendo o ovo e pele impermeável, seca, sem glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras e lagartos), por placas córneas (nos crocodilos e jacarés) ou ainda por placas ósseas (nas tartarugas), formando uma carapaça que protege o animal contra a desidratação.
A impermeabilização da pele ocorreu graças à intensa produção de uma molécula protéica, a queratina, a grande novidade bioquímica produzida em grande quantidade pela epiderme dos répteis, fato que se repetirá também nas aves e nos mamíferos. Na verdade, na pele dos anfíbios, essa molécula já existe, só que em pequeníssima quantidade, sendo incapaz de tornar a pele impermeável à água e aos gases da respiração.
Essa adaptação permitiu aos répteis a economia de água, possibilitando a vida em habitat dos mais diversos, inclusive desérticos. Por outro lado, a falta de umidade da pele e a riqueza em queratina impedem as trocas gasosas que, assim, passam a ser executadas exclusivamente por pulmões.
Os pulmões têm maior superfície relativa e são mais eficientes que os anfíbios, dispensando a pele da função respiratória. A entrada e saída do ar é também mais eficiente, devido ao auxílio dos músculos das costelas.
Até mesmo a excreção dos répteis está adaptada á mínima perda de água possível. O produto de excreção nitrogenado é o ácido úrico, eliminado pela cloaca, juntamente com as fezes, na forma de uma pasta semi-sólida.
Fig. 1, escamas epidérmicas (presente nas cobras e lagartos); fig. 2, placas córneas (presente nos crocodilos e jacarés); fig.3 placas ósseas (presente nas tartarugas)
|
|
|
|
|
Reprodução
Outra adaptação importante à vida no ambiente terrestre é fecundação interna, independente da água, na qual os gametas (óvulos e espermatozóides) ficam protegidos das influências do meio externo. As fêmeas são geralmente ovíparas, isto é, quando fecundadas põem ovos e os embriões se desenvolvem dentro deles, portanto fora do corpo materno.
|
|
O desenvolvimento embrionário ocorre inteiramente no interior de um ovo dotado de casca protetora calcária porosa, que permite a ocorrência de trocas gasosas.
Uma bolsa cheia de líquido, a vesícula amniótica, garante o desenvolvimento do embrião em meio aquoso. Uma vesícula vitelínicarepleta de reservas alimentares, o vitelo, garante a sobrevivência do embrião com alimentos provenientes do óvulo. E, para completar a eficiência desse novo método reprodutivo, uma bolsa excretora, o alantóide, recolhe o ácido úrico e o imobiliza na forma de cristais que não interferem na vida do embrião.
|
Aderido à membrana da casca, encontra-se mais um anexo embrionário, o cório, sob a forma de uma membrana ricamente vascularizada, que garante as trocas gasosas respiratórias com o sangue que encaminha o oxigênio para as células embrionárias.
Não há fase larval. Terminando o desenvolvimento, o jovem indivíduo, com mas características do adulto, quebra a casca e sai do ovo.
Alguns lagartos e cobras peçonhentas podem ser ovovivíparos (o ovo é posto pela fêmea depois de permanecer durante um certo tempo do desenvolvimento do embrião dentro do corpo da mãe) ouvivíparos (o desenvolvimento do embrião ocorre totalmente dentro do organismo da fêmea).
Esqueleto
O nome répteis deriva do modo de locomoção: as quatro patas (ausentes nas cobras) situam-se no mesmo plano do corpo, determinando o rastejamento do ventre no solo (do latim reptare = rastejar). Para a realização desses movimentos, apresentam músculos bem desenvolvidos. O esqueleto dos répteis é totalmente ósseo. A Terra já conheceu formas gigantescas desses animais, como os dinossauros, que povoaram e dominaram nosso planeta durante anos, como indiscutível superioridade.
Aves - vertebrados homeotermos com corpo coberto por penas
As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes,endotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.
As aves conquistaram o meio terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica que permitiu essa conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros vertebrados.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
|
|
Avestruz
|
Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar.
Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).
|
|
Pinguin
|
A circulação
Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.
Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
A respiração: pulmões e sacos aéreos
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
|
|
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
A pele das aves é seca, não-dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa, garras, bico córneo e é constituinte fundamental das pernas.
As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva.
|
Exclusividade das aves: corpo coberto por penas
Digestão e excreção em aves
As aves consomem os mais variados tipos de alimentos: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas).
Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Daí eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos. Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados.
Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformam-se em fezes.
As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos.
|
|
|
sistema Reprodutor
Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de aves põem ovos. Apesar dos ovos parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar. Como os ovos são pesados e incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em um ninho construído para proteger o ovo contra predadores e para mantê-lo aquecido durante o desenvolvimento do embrião.
Diferentes espécies de aves põem números diferentes de ovos – os pinguins normalmente põem um único ovo, enquanto o chapim azul europeu põe entre 18 e 19 ovos. A construção de um ninho é uma das grandes façanhas de design e engenharia do reino animal. Espécies diferentes mostram uma diversidade extraordinária na construção de seus ninhos. Algumas aves constroem ninhos minúsculos tão bem escondidos, que nem mesmo o caçador mais determinado pode encontrá-los, mas outras espécies constroem ninhos enormes, altamente visíveis, que elas defendem corajosamente contra qualquer criatura que se aproxime.
Os cisnes frequentemente constroem ninhos com vários centímetros de diâmetro, enquanto que o Scopus umbretta africano constrói ninhos em forma de cúpula, que podem pesar até 50 quilos, levando várias semanas para serem construídos. Os pássaros usam uma grande variedade de materiais para construir seus ninhos.
Algumas espécies usam apenas galhos e ramos para construir os tipos de ninhos normalmente vistos em jardins e cercas vivas. Outras usam um pouco de tudo: de folhas a penas, debarro a musgos, e até mesmo objetos feitos pelo homem, como papel laminado.
|
|
|
O Collocalia maxima do sudeste da Ásia faz seus ninhos inteiramente de sua própria saliva, e os constrói nos tetos de cavernas. Nem todas as aves constroem ninhos. O cuco, em particular, usa o ninho de outras aves em vez de construir o seu. A fêmea voa rapidamente para um ninho apropriado, retirando um dos ovos da “hospedeira” e coloca seu próprio ovo, normalmente do mesmo tamanho e forma do que ela retirou. O pinguim imperador sequer usa um ninho: ele coloca seu seu único ovo diretamente sobre neve, e o incuba com a temperatura de seu corpo.
Adaptações ao vôo
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo ao animal. Entre estas podemos citar:
- Endotermia
- Desenvolvimento das penas
- Aquisição de ossos pneumáticos
- Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
- Aquisição de um sistema de sacos aéreos.
- Postura de ovos
- Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas
- Ausência de bexiga urinária
|
|
As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o próprioTyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando-se cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os vôos planado e batido.
Acredita-se que as penas teriam sido preservados na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos.
Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (um termo melhor seria "não-maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
|
Fisiologia do sistema endócrino
O sistema endócrino é formado por glandulas responsável pela secreção interna, cujo produto (hormônio) é lançado diretamente no sangue ou na linfa e exerce importante papel no metabolismo. Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais
—Atividade do hipotálamo
—O hipotálamo desempenha muitas funções - é nesta estrutura, por exemplo, que se situam os centros nervosos reguladores da sede, do apetite, da temperatura corporal e do sono. É preciso referir que o hipotálamo encontra-se numa zona privilegiada do cérebro, pois está ligado a imensas estruturas encefálicas, a partir das quais recebe informação sobre o meio interno, e também ao córtex cerebral, o centro das funções intelectuais, enviando em simultâneo estímulos para as mesmas.
—O hipotálamo constitui uma ponte entre o sistema nervoso e o endócrino. Por um lado, elabora duas hormonais libertadas ao nível da neuro-hipófise - a oxitocina e o hormônio antidiurética. Por outro lado, o hipotálamo segrega inúmeras hormônios estimulantes ou inibidoras da produção de diversas hormônios por parte da adeno-hipófise. Conhecem-se, entre outros, vários fatores hipotalâmicos, que estimulam a libertação de adrenocorticotrofina (ACTH), de tirotrofina (TRH), de somatotrofina (GRH), de gonadotrofinas (LH/FSH-RH), de prolactina (PRH) e de hormônio melanocitoestimulante (MSH), e fatores que inibem a libertação de somatotrofina (GIH), de prolactina (PIH) e de hormonio melanocitoestimulante (MSHIH).
2
As células “oxifilas” são maiores com citoplasma
acidófilo por sua afinidade pela eosina e aparecem na puberdade,
aumentando progressivamente em número com o avançar da
idade, não secretam paratormônio e têm função ainda obscura.
1-3
Todas as células dispõem-se em arranjo cordonal, entremeadas donal, entremeadas
por lóbulos de tecido gorduroso.
O paratormônio é uma proteína com 8500 D de peso molecular
4
,
constituída por cadeia simples de polipeptídio com 84 aminoácidos.
É antagônico da calcitonina produzida pelas células C, parafoliculares, da tireóide. Age diretamente nas células dos túbulos renais
inibindo a reabsorção de fosfatos e regulando a fosfatúria.
Nos ossos age nos osteoclastos que, por ação enzimática, reabsorvem a
matriz e solubilizam o cálcio. O paratormônio, portanto, tem função
primordial no “turnover” ósseo, isto é, no equilíbrio entre aposição
e reabsorção, na manutenção do cálcio sérico em tomo de 8,9 a
10 mg/% e na absorção de cálcio no intestino. O cálcio e o fósforo
mantêm proporção de 2:1, desde os cristais de hidroxiapatita (fosfato tricálcico), até a fórmula sanguínea que, em valores normais,
corresponde a 9mg/% de cálcio e 4mg/% de fósforo, cujo produto
em condições normais é de 36 no adulto e 40 na criança. Perante
alterações dos níveis séricos de cálcio ou fósforo, sob ação do
paratormônio, haverá retirada de variável quantidade de minerais
dos ossos, a fim de adequada manutenção do balanço Ca/P.
As alterações decorrentes da falta ou excesso de cada um dos
fatores que agem na aposição e na reabsorção óssea determinam
as chamadas doenças metabólicas dos ossos que são a osteoporose, o raquitismo na infância e a osteomalacia no adulto.
A tireóide é uma glândula com formato de borboleta situada na base do pescoço, na frente da traquéia, conforme a figura:
A glândula tireóide produz os hormônios tireoidianos, que circulam pela corrente sangüínea e são distribuídos para todos os tecidos do corpo, desempenhando um importante papel na função das células, tecidos e órgãos do corpo humano. Se a tireóide não estiver funcionando corretamente, podem ocorrer alguns distúrbios:
Hipertireoidismo: quando ela produz muito hormônio tireoidiano, o que faz com que os sistemas do corpo trabalhem de forma acelerada;
Hipotireoidismo: quando a glândula tireóide produz pouco hormônio tireoidiano, o que faz com que os sistemas do corpo reduzam sua atividade. O hipotireoidismo não tratado pode causar alguns sintomas como fadiga, ganho de peso, depressão ou intolerância ao frio, além de níveis de colesterol aumentados, doença cardíaca e infertilidade.
FUNÇÃO RENAL
Os rins são dois órgãos (um par), com forma similar a 2 feijões, localizados na parte de trás do abdômen, que são a força motriz do sistema urinário, um dos 5 sistemas excretores do ser humano: pulmões, fígado, pele, intestinos e rins.
Funcionando como filtros altamente seletivos, são responsáveis por limpar o sangue das impurezas do corpo. Caso não funcionem corretamente, as impurezas se acumulam e a pessoa ficará intoxicada pela uréia e demais substâncias tóxicas que seu próprio metabolismo produziu (endógenas) ou que a pessoa internalizou (exógenas) como remédio, drogas ou agrotóxicos
Mas, além da sua função vital de eliminar substâncias tóxicas, os rins também desempenham muitas outras funções. E, devido ao fato de passar pelo sistema renal todos os líquidos corporais, seu bom ou mau desempenho pode afetar, sem exceção, todos os demais órgãos e sistemas do organismo. Confira abaixo as principais funções do sistema renal:
Filtrar todos os líquidos corporais com a produção da urina para exercer sua função principal que é de desintoxicação e excreção;
Eliminar substâncias tóxicas endógenas oriundas do metabolismo, como por exemplo, a uréia e a creatinina;
Eliminar substâncias exógenas como medicações, antibióticos, aditivos químicos e drogas;
Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outros;
Regular o equilíbrio ácido-básico, buscando manter constante o pH ideal do organismo que deve ser levemente alcalino, idealmente entre 7,36 a 7,42;
Regular a pressão e o volume de líquido corporal, retendo ou eliminando o excesso de água do organismo, ou seja, manter a pressão e o volume hídrico constante;
Regular a composição sanguínea de células vermelhas, sais minerais, hormônios, nutrientes e outros;
Regular a nutrição de ossos e dentes;
Produção de hormônios como a eritropoietina que estimula a produção de hemácias (células vermelhas do sangue), a renina que eleva a pressão arterial, a vitamina D que atua no metabolismo dos ossos e regula a concentração de cálcio e fósforo no organismo, além das cininas e prostaglandinas.
4. A GLÂNDULA TIMO
Do grego, Thymus, significa energia vital. O timo situa-se na porção superior do mediastino anterior. Limita-se, superiormente, com a traquéia, a veia jugular interna e a artéria carótida comum. Lateralmente, com os pulmões, e inferior e posteriormente com o coração. Sua cor é variável. Vermelha no feto, branco-acinzentada nos primeiros anos de vida e, depois, amarelada. O timo, plenamente desenvolvido, é de formato piramidal, encapsulado e formado por dois lobos fundidos. Por ocasião do nascimento pesa de 10 a 35g e continua crescendo de tamanho até
a puberdade, 15 anos, quando alcança um peso máximo de 20 a 50g. Daí por diante sofre atrofia progressiva e passa a pesar pouco mais de 5 a 15g no idoso. O ritmo de crescimento tímico na criança e de involução no adulto é extremamente variável e, portanto, difícil determinar o peso apropriado para a idade. Contudo, o timo continua a exercer sua função protetora, com a produção complementar de anticorpos, mesmo que nesse período seu desempenho já não seja vital, pois há uma compensação pela proteção imunológica conferida pelo baço e nodos linfáticos, ainda imaturos nos recém-nascidos.
4.1 O TIMO E OS LINFÓCITOS T
Externamente, o timo é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo, de onde partem septos que dividem o órgão em numerosos lóbulos. Cada lóbulo apresenta uma capa, o córtex, que é mais escura, e uma polpa interior, a medula, que é mais clara. Tanto a zona cortical quanto a medular apresentam células de estrutura epitelial misturadas com um grande número de linfócitos T e, ocasionalmente, células B e macrófagos. Em termos fisiológicos, o timo elabora uma substância, a timosina, que mantém e promove a maturação de linfócitos e órgãos linfóides como o baço e os linfonodos. Reconhece-se, ainda, a existência de uma ou outra substância, como a timina, que exerce função na placa mioneural (junção de nervos com músculos) e, portanto, nos estímulos neurais e periféricos, sendo responsável por doenças musculares.
PÂNCREAS
É uma massa irregular de tecido situado entre o estômago e o intestino delgado.
Consta de três partes: cabeça, corpo e traseiro.
Secreta o suco pancreático que contém enzimas que intervêm na hidrolização de proteínas, gorduras, ácido nucléico e carboidratos; também secreta insulina e glucagon que verte na corrente sangüínea e é independente do suco pancreático que intervém na digestão.
O pâncreas produz o hormônio insulina, que regula o nível de glicose no sangue.
Em certas condições, por exemplo, quando se ingere muito açúcar, o nível de glicose no sangue aumenta muito.
Então o pâncreas libera insulina no sangue.
Esse hormônio aumenta a absorção de glicose nas células. Assim, o excesso de glicose é retirado do sangue e o nível desse açúcar volta ao normal.
Quando o pâncreas produz uma quantidade insuficiente de insulina, surge uma doença conhecida como diabetes.
Nesse caso, o excesso de glicose permanece no sangue: é a hiperglicemia, constatada pela presença de glicose na urina.
A incapacidade das células em absorver adequadamente a glicose do sangue provoca alguns sintomas como a sensação de fraqueza muscular e fome.
7. AS GLÂNDULAS SEXUAIS OU GÔNADAS MASCULINAS
7.1 AS GÔNADAS MASCULINAS - OS TESTÍCULOS
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enovelados, cada um tendo em média mais de 0,5m de comprimento, nos quais são formados os espermatozóides. O espermatozóide maduro é formado por uma cabeça, um corpo intermédio e uma cauda. Os espermatozóides podem chegar a viver três dias no interior do aparelho genital feminino. Os testículos começam a fabricar os espermatozóides e este processo continua ao longo da vida. Os espermatozóides são lançados no epidídimo, outro tubo enovelado de cerca de 6 m de comprimento. A hipófíse é a glândula que controla e regula o funcionamento dos testículos.
7.2 OS ANDROGÊNIOS
Os testículos secretam vários hormônios sexuais masculinos que são coletivamente chamados de androgênios, compreendendo a testosterona, diidrotestosterona e androstenodiona. Todavia, a testosterona é muito mais abundante que os demais hormônios, a ponto de poder ser considerada o hormônio testicular fundamental.
7.3 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Puberdade: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária). O hipotálamo secreta fatores liberadores dos hormônios gonadotróficos que fazem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). O FSH estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos. Já o LH estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos e estabelece características sexuais secundárias e elevação do desejo sexual.
7.4 A TESTOSTERONA E OS CARACTERES SEXUAIS MASCULINOS
A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete. Após poucas semanas de vida do feto no útero materno, inicia-se a secreção de testosterona. Essa testosterona auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer e permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente 10 vezes.
7.5 CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS
Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas características distintivas. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade, fica com a voz mais grave. Estimula, ainda, um aumento na deposição de proteínas nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher. Algumas vezes, a testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face. Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.
Hormônios Sexuais Masculinos
Glândula - Hormônio - Órgão-alvo - Principais ações Hipófise FSH e LH testículos estimulam a produção de testosterona pelas células de Leydig (intersticiais) e controlam a produção de espermatozóides. Testículos Testosterona diversos estimula o aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Sistema Reprodutor induz o amadurecimento dos órgãos genitais, promove o impulso sexual e controla a produção de espermatozóides
7.6 A VIDA SEXUAL ADULTA E O CLIMATÉRIO MASCULINO
Após a puberdade, os hormônios gonadotrópicos são produzidos pela glândula hipófise masculina pelo resto da vida. A maioria dos homens, entretanto, começa a exibir um declínio lento das funções sexuais ao final da década dos 40 ou dos 50 anos. Um estudo mostrou que a média da idade para o término das relações intersexuais era aos 68 anos, apesar da grande variação. Este declínio da função sexual está relacionado com o declínio da secreção de testosterona. A diminuição da função sexual masculina é chamada de climatério masculino.
7.7 ANORMALIDADES DA FUNÇÃO SEXUAL MASCULINA
A próstata permanece relativamente pequena durante a infância e começa a crescer na puberdade, sob o estímulo da testosterona. A glândula atinge tamanho quase estacionário por volta dos 20 anos, e não se altera até a idade aproximada dos 50 anos. Nesta época, em alguns homens, começa a involuir, justamente com a produção diminuída de testosterona pelos testículos. Um fibroadenoma benigno prostático freqüentemente se desenvolve na próstata de muitos homens mais velhos, podendo causar obstrução urinária. Esta hipertrofia não é causada pela testosterona. O câncer da glândula prostática é uma causa comum de morte, resultando em cerca de 2 a 3% de todas as mortes masculinas.
7.8 ORQUITE GRANULOMATOSA (AUTO-IMUNE)
A orquite granulomatosa não tuberculosa é uma causa rara de aumento unilateral do testículo entre os homens de meia idade. Com freqüência, este aumento de tamanho do testículo desenvolve-se alguns meses após traumatismo. Histologicamente, esta orquite é caracterizada por granulomas, que são encontrados tanto nos túbulos seminíferos como no tecido conjuntivo intertubular.
8. AS GLÂNDULAS SEXUAIS OU GÔNADAS FEMININAS
8.1 OS OVÁRIOS
Os ovários são os centros endócrinos e germinativos da mulher, e a caracterizam como tal. O caráter cíclico da natureza e da fisiologia feminina é típico. Todas as ações cíclicas estrogênicas e/ou estrogênico-progesterônicas geram inúmeras transformações também cíclicas nos órgãos sexuais da mulher [genitália e mamas), em sua fisiologia e em outros setores do seu corpo. O funcionamento das gônadas femininas está sob o controle do sistema hipotálamohipofisário (com o qual elas interagem em regime de “feedback”) e também de fatores intraovarianos específicos. Estes últimos, entre outras ações, modulam a capacidade de resposta dos ovários às gonadotrofinas hipofisárias, que são o FSH [hormônio folículo estimulante) e o LH [ hormônio luteinizante). Resumidamente, podemos dizer que a fisiologia das gônadas femininas depende das ações das gonadotrofinas hipofisárias, dos próprios hormônios sexuais por elas produzidos e de fatores reguladores intra-ovarianos ainda mal conhecidos.
8.2 O ESTROGÊNIO E A PROGESTERONA
A trajetória biológica de tudo o que no corpo da mulher é caracteristicamente feminino é determinada pela trajetória biológica dos ovários ao longo da vida, uma vez que eles são a fonte básica dos estrogênios - os principais hormônios da feminilidade ao nível somático. Assim, é inegável que, durante a maior parte da vida da mulher, as suas gônadas são muito mais importantes como produtoras de estrogênios (e também de progesterona) do que de óvulos. A maior parte do volume dos ovários se deve à camada cortical, que é a camada funcional propriamente dita. É nela que, em meio a um estroma conjuntivo também dotado de certa capacidade endócrina, se encontram os folículos ovarianos, que são as unidades funcionais básicas das gônadas femininas. Após a ovulação, também em decorrência do pico ovulatório de LH, as células granulosas e tecais passam por acentuadas modificações morfológicas e funcionais, dando origem ao corpo lúteo.
Pouquíssimos são os folículos que atingem o pleno desenvolvimento, conseguindo produzir altos níveis de estrogênios, ovular e luteinizar-se. A imensa maioria deles está condenada à regressão e ao desaparecimento através do processo da atresia* ou morte folicular antes mesmo de completarem os primeiros estágios do seu crescimento. Como a formação de novos folículos é impossível ao longo da vida da mulher, o fenômeno da atresia folicular vai gradualmente levando ao esgotamento das gônadas femininas - esgotamento este que se completa em torno dos 50 anos, culminando com a menopausa. Assim, os órgãos que são os centros endócrinos e germinativos da mulher estão paradoxalmente condenados ao esgotamento e envelhecimento precoce. Em decorrência da privação estrogênica pós-menopáusica, todos os órgãos e tecidos estrogênio-dependentes do corpo da mulher entram em atrofia. Os estrogênios podem ser vistos como a principal manifestação endócrina do lado afrodisíaco da mulher, uma vez que são eles os responsáveis pela maturação sexual da mesma e pelo trofismo e boa forma de tudo o que no seu corpo é tipicamente feminino. A progesterona, à parte a sua fundamental importância na fisiologia ginecológica e no equilíbrio endócrino feminino, de certa forma pode ser vista como mais relacionada ao lado maternal da mulher. Já os androgênios, precursores bioquímicos dos estrogênios, podem ser relacionados ao obscuro componente masculino da mulher. *Atresia folicular - processo fisiológico através do qual a maioria dos folículos ovarianos entram em regressão, morrem e desaparecem ao longo dos vários estágios do seu crescimento.
8.3 HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio.
8.4 FUNÇÕES DO ESTROGÊNIO
O estrogênio induz as células de muitos locais do organismo a proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou mesmo a triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem. Provoca também o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem ocorrem em função do estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se “extingam” dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade. Já o homem tem 32 um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos. O estrogênio tem efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, e no ciclo menstrual.
8.5 FUNÇÕES DA PROGESTERONA
A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos. Está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos. Determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião implantado ou do feto em desenvolvimento.
8.6 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
A hipófise anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No inicio, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em crescimento. Mais tarde, secreta o hormônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual.
8.7 O HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE
Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer.
8.8 O HORMÔNIO LUTEINIZANTE
Aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação.
8.9 CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículoestimulante e luteinizante pela hipófise anterior (adenohipófise), e a secreção dos estrogênios e progesterona pelos ovários. O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a seguinte explicação: 1- No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a hipófise anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com pequenas quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio (estrógeno). 2- Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção da hipófise anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo. Depois, subitamente, a hipófise anterior começaria a secretar quantidades muito elevadas de ambos os hormônios, mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias. 3- O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio. 4- O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a hipófise anterior, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios. 5- Nessa ocasião, a hipófise anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher.
8.10 MENOPAUSA
Na maioria das mulheres, esse período de declínio estrogênico é acompanhado por reações vaso-motoras, alterações de temperamento e mudanças na composição da pele e do corpo. 0corre também aumento da gordura corporal e diminuição da massa muscular. A queda nos níveis de estrogênio é seguida por uma alta incidência de doenças cardiovasculares, perda de massa óssea e falhas no sistema cognitivo. A Terapia de Reposição Hormonal (TRP) mostrou-se dúbia. Foram registrados riscos com reposição efetuada com estrógenos sintéticos e progestinas. No entanto, há grande aceitação médica com a progesterona natural em forma de creme transdérmico para tratar dos males decorrentes do desequilíbrio hormonal. A progesterona natural via transdérmica não apresenta efeitos colaterais quando usada em doses fisiológicas.
Mais informações: Livros – What your doctor may not tell you about menopause – DR. John R. Lee. Wsarner Books, 1996. Internet: www.johnleemd.com – Site do Dr. John Lee, em inglês. www.novatrh.cjb.net
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacitam o organismo a perceber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas variações produzem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostase). São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais.
No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurônios e as células da glia (ou da neuróglia). Os neurôniossão as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: airritabilidade (também denominada excitabilidade ou responsividade) e a condutibilidade. Irritabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade decondutibilidade.
Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação exercidas pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de um neurônio e como a mensagem nervosa é transmitida.
Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser subdivididos em dendritos e axônios.
Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como receptores de estímulos, funcionando portanto, como "antenas" para o neurônio. Os axônios são prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. Os axôniospodem se ramificar e essas ramificações são chamadas de colaterais. Todos os axônios têm um início (cone de implantação), um meio (o axônio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou botão terminal). O terminal axonal é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente chama-se sinapse. Às vezes os axônios têm muitas ramificações em suas regiões terminais e cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares. Estas ramificações são chamadas coletivamente de arborização terminal.
Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios nervosos, localizados próximo da coluna vertebral.
Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando feixes chamados nervos, que constituem o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann (encontrada apenas no SNP) ou oligodendrócito(encontrado apenas no SNC) Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam a formação da bainha de mielina - invólucro principalmente lipídico (também possui como constituinte a chamada proteína básica da mielina) que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Em axônios mielinizados existem regiões de descontinuidade da bainha de mielina, que acarretam a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. No caso dos axônios mielinizados envolvidos pelas células de Schwann, a parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo desta célula, constitui o chamado neurilema.
O impulso nervoso
|
A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do líquido extracelular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido extracelular. Assim funciona a bomba de sódio e potássio, que bombeia ativamente o sódio para fora, enquanto o potássio é bombeado ativamente para dentro.Porém esse bombeamento não é eqüitativo: para cada três íons sódio bombeados para o líquido extracelular, apenas dois íons potássio são bombeados para o líquido intracelular.
|
Somando-se a esse fato, em repouso a membrana da célula nervosa é praticamente impermeável ao sódio, impedindo que esse íon se mova a favor de seu gradiente de concentração (de fora para dentro); porém, é muito permeável ao potássio, que, favorecido pelo gradiente de concentração e pela permeabilidade da membrana, se difunde livremente para o meio extracelular.
Imagem: www.epub.org.br/cm/n10/fundamentos/animation.html
|
Em repouso: canais de sódio fechados. Membrana é praticamente impermeável ao sódio, impedindo sua difusão a favor do gradiente de concentração.
Sódio é bombeado ativamente para fora pela bomba de sódio e potássio.
|
Como a saída de sódio não é acompanhada pela entrada de potássio na mesma proporção, estabelece-se uma diferença de cargas elétricas entre os meios intra e extracelular: há déficit de cargas positivas dentro da célula e as faces da membrana mantêm-se eletricamente carregadas.
O potencial eletronegativo criado no interior da fibra nervosa devido à bomba de sódio e potássio é chamado potencial de repouso da membrana, ficando o exterior da membrana positivo e o interior negativo. Dizemos, então, que a membrana está polarizada
Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao sódio (abertura dos canais de sódio). Como a concentração desse íon é maior fora do que dentro da célula, o sódio atravessa a membrana no sentido do interior da célula. A entrada de sódio é acompanhada pela pequena saída de potássio. Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é denominado onda de despolarização. Osimpulsos nervosos ou potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana além de um limiar (nível crítico de despolarização que deve ser alcançado para disparar o potencial de ação). Os potenciais de ação assemelham-se em tamanho e duração e não diminuem à medida em que são conduzidos ao longo do axônio, ou seja, são de tamanho e duração fixos. A aplicação de uma despolarização crescente a um neurônio não tem qualquer efeito até que se cruze o limiar e, então, surja o potencial de ação. Por esta razão, diz-se que os potenciais de ação obedecem à "lei do tudo ou nada".
Imagem: geocities.yahoo.com.br/jcc5001pt/museuelectrofisiologia.htm#impulsos
Imediatamente após a onda de despolarização ter-se propagado ao longo da fibra nervosa, o interior da fibra torna-se carregado positivamente, porque um grande número de íons sódio se difundiu para o interior. Essa positividade determina a parada do fluxo de íons sódio para o interior da fibra, fazendo com que a membrana se torne novamente impermeável a esses íons. Por outro lado, a membrana torna-se ainda mais permeável ao potássio, que migra para o meio interno. Devido à alta concentração desse íon no interior, muitos íons se difundem, então, para o lado de fora. Isso cria novamente eletronegatividade no interior da membrana e positividade no exterior – processo chamado repolarização, pelo qual se reestabelece a polaridade normal da membrana. A repolarização normalmente se inicia no mesmo ponto onde se originou a despolarização, propagando-se ao longo da fibra. Após a repolarização, a bomba de sódio bombeia novamente os íons sódio para o exterior da membrana, criando um déficit extra de cargas positivas no interior da membrana, que se torna temporariamente mais negativo do que o normal. A eletronegatividade excessiva no interior atrai íons potássio de volta para o interior (por difusão e por transporte ativo). Assim, o processo traz as diferenças iônicas de volta aos seus níveis originais.
Para transferir informação de um ponto para outro no sistema nervoso, é necessário que o potencial de ação, uma vez gerado, seja conduzido ao longo do axônio. Um potencial de ação iniciado em uma extremidade de um axônio apenas se propaga em uma direção, não retornando pelo caminho já percorrido. Conseqüentemente, os potenciais de ação são unidirecionais - ao que chamamos condução ortodrômica. Uma vez que a membrana axonal é excitável ao longo de toda sua extensão, o potencial de ação se propagará sem decaimento. A velocidade com a qual o potencial de ação se propaga ao longo do axônio depende de quão longe a despolarização é projetada à frente do potencial de ação, o que, por sua vez, depende de certas características físicas do axônio: a velocidade de condução do potencial de ação aumenta com o diâmetro axonal. Axônios com menor diâmetro necessitam de uma maior despolarização para alcançar o limiar do potencial de ação. Nesses de axônios, presença de bainha de mielina acelera a velocidade da condução do impulso nervoso. Nas regiões dos nódulos de Ranvier, a onda de despolarização "salta" diretamente de um nódulo para outro, não acontecendo em toda a extensão da região mielinizada (a mielina é isolante). Fala-se em condução saltatória e com isso há um considerável aumento da velocidade do impulso nervoso.
Imagem: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. São Paulo, Ed. Moderna, 2001. vol. 2.
O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido dendrito è corpo celular è axônio.
|
|