Hebreus ou também chamados de israelitas, são descendentes do patriarca Abraão, um povo que teve muita peregrinação.
A origem do termo “hebreu”, “esse nome vem da raiz ‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar, cruzar”. Esse nome denota viajantes, aqueles que ‘passam adiante’. Isto porque os israelitas por um tempo realmente levaram uma vida nômade”. Esse povo teve uma história de migrações, lutas e cativeiros, mas principalmente por causa da língua e religião, conseguiram preservar sua cultura.
A civilização hebraica, formada por pastores nômades, viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia. Conduzidos por Abraão, partiram de Ur e se estabeleceram na Palestina. No meio do seu território havia o rio Jordão, que fazia da região a área mais fértil e favorável para a agricultura (CRESCENTE FERTIL). Eles chegaram a Palestina por volta de 2.000 a. C., esse território era conhecido como terra de Canaã.
Os registros sobre a vida dos hebreus são encontrados na Bíblia (no Velho Testamento, o Pentateuco – do grego ‘as cinco caixas’, de PENTE, ‘cinco’ e TÉUKHOS, ‘caixa’, os canudos cilíndricos que guardavam enrolados os textos hebraicos – conjunto formado por cinco primeiros livros da Bíblia, que a tradição atribui ao patriarca Moises. Que corresponde na tradição judaica a formação do Tora – A Lei – núcleo da religião judaica), lá estão registrados toda sua peregrinação, sua moral, costumes, leis e história religiosa. Eles deixaram como herança o monoteísmo, a crença em um único Deus verdadeiro.
Sua história pode ser dividida em três períodos: o governo dos patriarcas, dos juizes e dos reis.
GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS
Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade.
O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia.Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina (terra prometida).
Chegaram por volta de 2000 a. C., Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção a Canaã confiando na promessa de Deus de levá-los a uma terra que mana ‘leite e mel’.
A liderança foi passada para seu filho, de Abraão para Isaque, e deste para Jacó. Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel.
Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Durante esse período foram perseguidos e escravizados pelos faraós.
Os hebreus liderados por Moisés, fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus, Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina.
Durante a perambulação, Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Para retomarem sua terra os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase dois séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes.
E assim passamos para a segunda era hebraica.
GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES
Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina (chamada também de Canaã) até o início da monarquia.
Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua força.
GOVERNO OU ERA DOS REIS
Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar seus inimigos.
O primeiro rei hebreu foi: Saul, da tribo de Benjamim. Ele, porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos.
Já no século XI a. C., Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.
Seu filho, Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Tornou-se rei muito jovem, ampliou a participação no comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém, dedicado a Jeová.
Mas haviam altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém, respectivamente.
Com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O cativeiro iniciou-se em 587 a. C. e durou até 538 a.C.. Houve novo retorno a Canaã e o início da reconstrução das muralhas da cidade, do templo e da própria cidade.
Mais tarde, foram conquistados novamente pelos greco-macedônicos (Alexandre o Grande) e pelos romanos.
Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora.
Somente em 1948 retornaram novamente, já com a criação do Estado de Israel.