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HISTÓRIA - GRÉCIA ANTIGA

 


HISTÓRIA ANTIGA GRÉCIA



A Grécia localiza-se ao sul da Península Balcânica, na Europa Meridional, na região do Mediterrâneo Oriental(região banhada pelo mar Mediterrâneo, mar Egeu e Mar Cretense).


 A Grécia antiga espalhava-se por um mosaico de pequenas comunidades independentes no Mediterrâneo, desde a Jônia, na Ásia Menor até o sul da Itália.


Situada ao sul da península balcânica, no Mediterrâneo oriental, a Grécia deixa muito a desejar para aqueles que nela se estabeleceram. Seu solo era árido e porco fértil, incapaz de produzir o suficiente para seus habitantes. Seu relevo muito montanhoso (conforme figura 2), dificultava as comunicações internas isolando as planícies, favorecendo o desenvolvimento das Polis ou Cidades Estados.


I). TEMPOS HOMÉRICOS (SÉC. XX A VII a C.).


É caracterizado pelo povoamento da Grécia (Período Pré-Homérico – XX a XII a C.) e pelo desenvolvimento e desintegração do Genos (Período Homérico – XII a VIII a C.) A ocupação do seu território é efetivada pelos Indo-Europeus ou Arianos que nela penetraram em vagas sucessivas. Fundaram vários centros urbanos, destacando-se Micenas que estabeleceu amplo contato com Creta (Civilização Creto-Micênica). Durante algum período a ilha ficou sobre influencia Micênica devido o domínio do mar. (Talassocracia = talasso – do mar, cracia – forma de governo). Creta é destruída em 1400 a C. (lenda do minotauro) Os micênicos então, espalha-se pelo Egeu e atingem sua época de esplendor com a vitória sobre Tróia (ILION). Com a penetração dos Dórios na região, conhecedores da metalurgia do ferro, põem fim ao esplendor da cultura Micênica, provocando a primeira Diáspora (dispersão), que resultou na fundação da Jônia (Colônia grega na Ásia Menor).


A comunidade Gentílica estruturava-se sobre uma economia coletivo, uma sociedade igualitária e um poder patriarcal. Porém, o crescimento demográfico, aliado aos limites naturais das planícies, inadequou sua produção. Pouco a pouco o Pater Família foi ampliando seu poder; as leis tornaram-se mais rígidas. Os descontentes deixaram a comunidade em busca de novas terras (segunda Diáspora) chegando ao sul da Itália onde fundaram uma série de colônias denominada Magna Grécia. Por fim, efetuou-se a divisão das terras, origem da propriedade e da desigualdade social. As Polis começam a estruturar-se.


 


relevo da Gécia Antiga


 II). PERÍODO ARCAICO (SÉC VIII a VI a C.)


Caracteriza-se pelo desenvolvimento e organização das Cidades-Estados. Pode-se afirmar que a maioria teve um desenvolvimento similar ao de ATENAS, a exceção à regra foi ESPARTA.


 De origem Jônica, localiza-se na Ática, uma península onde o esquema geral das planicies gregas é seguido: pequenas e pouco férteis. Assim, o comércio martitimo será sua principal atividade econômica. Em função deste comércio sua sociedade apresentará uma estrutura dinâmica que encaminha o sistema político para a Democracia. Esta é fruto de amplo processo evolutivo e lutas sociais.


 


Fruto da desintegração do Genos, Atenas nascerá como uma Monarquia que será desalojada pelos aristocratas. Sua oligarquia tentará resistir às pressões populares através dos Legisladores. Inicialmente DRÁKON que procedeu à codificação da Lei e posteriormente SÓLON, cuja reforma “consagra a ruína dos privilégios do sangue: ela liberta os devedores (pela quitação das hipotecas, a abolição da prisão por divida e a desvalorização do drama)” ela divide os cidadãos em quatro classes, não segundo o nascimento, mas de acordo com as rendas. Sólon é o revolucionário da Plutocracia.


Psístrato reforma as obras de Sólon, apodera-se do poder, torna-se TIRANO popular, impõe a partilha das terras confiscadas aos nobres, faz emudecer as facções. Outro TIRANO, Clístenes, promove as reformas que implantaram a DEMOCRACIA. Baseava-se em dois princípios: da participação direta dos cidadãos e sua restrição aos cidadãos. Para conserva-la e impedir novos tiranos criou o OSTRACISMO, forma de exílio político por dez anos votado pela Eclésia (Assembléia Popular), no qual incorriam os indivíduos perigosos ao Estado.


A democracia apresentava seus problemas, a restrições aos cidadãos, marginalizava grande parte da população da cidade, uma vez que era considerado cidadão apenas aqueles nascidos de pai e mãe ateniense.


 Mais tarde, a democracia atingirá seu apogeu: é a época de Péricles (séc.V a C.) também conhecido como idade de ouro Ateniense ou Século de Péricles. O imperialismo razão de sua grandiosidade atuará, porém, como uma faca de dois gumes, e após um lento declínio corrupções e guerras, Atenas acabará vencida pela força das armas e ressurgirá vencedora pela força das idéias.


  


III. ESPARTA


A lacônia é uma das raras planícies férteis da Grécia. Situa-se na Península do Peloponeso e é nela que se desenvolve Esparta. De certa maneira, tal dado já colabora para começarmos a entender porque ela tornou-se uma exceção.


 Para Esparta, a necessidade de lançar-se ao mar não era tão premente, ou mesmo muito viável. A agricultura tornou-se sua principal atividade econômica e a terra, a fonte da riqueza. A produção voltava-se par a auto-suficiência caracterizando uma economia autárquica. A posse da terra cabia ao Estado que distribuía em lotes entre os Espartanos. A sociedade estratifica-se: os proprietários (Espartanos, descendentes dos Dórios) os não proprietários(Periécos que habitavam a periferia da Lacônia) e os que trabalhavam a terra (Escravos – Ilhotas – oriundos fundamentalmente das guerras messênicas). A política oligárquica, divergindo da maior parte das Polis gregas, persiste através dos anos.


Sua maior marca, no entanto foi o seu Militarismo, necessitando controlar o problema dos escravos, em maior número que os espartanos, e mesmo por estar constantemente envolvidos com ações bélicas, desenvolvem uma educação especial, isto é, seus cidadãos serão soldados por toda a vida. Desde o nascimento era feita uma rigorosa seleção, só os mais aptos sobreviviam, os que aparentavam boa saúde, sendo mortos todos os outros. A partir dos setes anos o rapaz inicia-se na carreira das armas e recebe uma educação que procura torna-lo robusto, resistente e obediente. Com efeito, sua profissão será sempre a de um soldado.


 Tantas diferenças fizeram deles rivais de Atenas. Primeiro Atenas e depois Esparta ocuparam lugar de destaque e poder, a grandeza de uma corresponde à derrocada da outra e, por fim, a grande derrotada será a Grécia.


 


 


IV. Período Clássico (séc. VI a IV a C.).


A época clássica grega é marcada pelas guerras Médicas, hegemonia e imperialismo, momento de crescimento e expansão das Polis.


Guerra contra os Persas, o crescimento do império Persa a partir de Ciro. Quando reinava Dario I, os persas estavam próximos às colinas gregas da Jônia. Ciente do zelo grego por sua autonomia, Dario I propôs um acordo: o pagamento de tributos aos persas em troca da não ocupação militar. Algumas cidades aceitaram outras se opuseram. Dentre as insurretas destacou-se Mileto, auxiliada por Atenas que se interessava em conseguir vantagens comerciais. Mileto foi submetida e os persas conseguiram o pretexto necessário para sua campanha contra a Grécia.


Na primeira Guerra Médica, os persas, liderados por Marcônio, foram derrotados de forma surpreendente na batalha de Maratona (490 a C.) por atenienses e platenses liderados por Milcíades. À época de Xerxes, os persas tentaram uma segunda invasão: com poderosas forças navais e terrestres, bateram os espartanos de Leônidas em Termópilas (480 a C.) e arrasaram a cidade de Atenas.


Atenas lidera uma Liga, que sai em defesa, libertando o Egue e envolvendo-se me operações dentro do próprio Império Persa. Este desorganizado não consegue fazer frente às tropas de Címon, o comandante da Liga, consertando-se enfim a Paz de Susa (também conhecida por Paz de Kálias ou de Címon) em 448 a C. O perigo persa fora afastado.


 Pequena cronologia


Século VIII - Monarquia Ateniense


Século VII - Oligarquia


621 a C. - Codificação Draconiana.


594 a C. - Reformas de Sólom.


560 a C. - Inicio da Tirania.


508- 507 a C. - Reformas de Clístenes.


444- 429 a C. - Governo de Péricles.


 


Órgãos da Democracia Ateniense:


BULÉ ou conselho dos 500: aperfeiçoamento do conselho dos 400 criado por Sólon: compunha-se por 50 membros de cada uma das 10 tribos atenienses elaborava projetos que deveriam ser votados pela Eclésia.


 ECLÉSIA ou Assembléia: composta por cidadãos escolhidos por sorteio votava os projetos elaborados pela Bulé. A Eclésia e a Bule compunham o poder legislativo. HELIAE: composto por 6000 cidadãos escolhidos por sorteios: dividiam-se em 12 tribunais e cuidavam do poder judiciário.


 AREÓPAGO: antigo órgão aristocrático; cuidava agora da alta justiça e da constitucionalidade dos atos públicos. Era formada por ex- arcontes. Os arcontes correspondiam aos depositários do poder durante a fase da oligarquia em Atenas.


 ESTRÁTEGOS ou generais: eleitos pela Assembléia com mandato de um ano, cuidavam do executivo. Podiam ser reeleitos. Entre eles, escolhia-se um estrátego que ocupava um posto semelhante ao de chefe do executivo.






Video do Novo Telecurso - Ensino Médio aula 7 (1/2) sobre a Grécia Antiga, iniciando com Creta.










Video do Novo Telecurao - Ensíno Médio aula 7 (2/2) sobre Grécia Antiga, concluindo Creta.