O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.
Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa, mas, ao que parece, isto em nada preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases de Efeito Estufa.
A grande preocupação é se os elevados índices de Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século passado, e tendem a aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para trazer graves conseqüências à escala global, pondo em risco a sobrevivência dos seus habitantes.
CAMADAS ATMOSFÉRICAS:
A auto regulação da temperatura e pressão
A Terra tem um sistema de compensações de temperatura, pressão e umidade, que mantém um equilíbrio dinâmico natural, em todas as suas regiões. As camadas superiores do planeta refletem em torno de quarenta por cento da radiação solar. Destes, aproximadamente 17% são absorvidos pelas camadas inferiores sendo que o ozônio interage e absorve os raios ultraviloeta, o dióxido de carbono e o vapor d'água absorvem os raios infravermelhos. Restam 43% da energia, esta alcança a superfície do planeta.
Que por sua vez reflete dez por cento das radiações solares de volta. Além dos efeitos descritos, existe ainda a influência do vapor d'água e sua concentração variável. Estes, juntamente com a inclinação dos raios solares em função da latitude, agem de forma decisiva na penetrância da energia solar, que por sua vez tem aproximadamente 33% da energia absorvida por toda a superfície atingida durante o dia, sendo uma parte muito pequena desta re-irradiada durante a noite.
Além de todos os efeitos relatados anteriormente, existe ainda a influência e interação dos oceanos com a atmosfera em sua auto regulação. Estes mantém um equilíbrio dinâmico entre os fenômenos climáticos das diferentes regiões da Terra. Todos os mecanismos relatados acima atuando em conjunto, geram uma transição suave de temperaturas em todo o planeta. Excessão à regra ocorre, onde são menores a quantidade de água, vapor desta e a espessura da troposfera, como nos desertos e cordilheiras de grande altitude.
Na baixa atmosfera, o ar se desloca tanto no sentido horizontal gerando os ventos, quanto no vertical, alterando a pressão. Pois, por diferenças de temperatura, a massa aérea aquecida sobe, e ao esfriar-se, desce e novamente, gerando assim um sistema oscilatório de variação de pressão atmosférica. Uma das maiores determinantes na distribuição do calor e umidade na atmosfera é a circulação do ar, pois esta ativa a evaporação média, dispersa as massas de ar quente ou frio conforme a região e o momento.
Por conseqüência caracteriza os tipos climáticos. À esta circulação de ar, quando na horizontal, chama-se vento, que é definido como o movimento do ar paralelo à superfície da Terra. Quando o deslocamento é na vertical, denomina-se corrente de ar. Aos movimentos verticais e horizontais de superfície, somam-se os jet streams, e os deslocamentos de massas de ar, que determinam as condições climáticas do planeta.
Assim a atmosfera nos mantém vivos, porém nós matamo-la...
A Ionosfera
A ionosfera se localiza entre cinquenta e quatrocentos quilômetros de altitude ( Estas coordenadas são para efeito de estudo), é composta de íons, plasma ionosférico, e, devido à sua composição, reflete ondas de rádio até aproximadamente 30 MHz em condições normais. A reflexão ionosférica, espalhamento e canalização tem ocorrido até freqüências acima de 50 Mhz, mas estatisticamente o tempo de ''propagação aberta'' nas bandas altas se torna muito susceptível à variações ambientais. Na prática, sua utilização se dá no máximo até 30 MHz.
O Sol e os raios cósmicos
O maior agente de ionização da ionosfera, é o Sol, cuja radiação nas bandas de raio X, e luz ultravioleta, insere grande quantidade de elétrons livres em seu meio. Os meteoritos e raios cósmicos também são responsáveis pela presença secundária de íons na região.
Na ionosfera a densidade de elétrons livres é variável de acordo com a hora do dia, estação do ano, e variações da composição da quimiosfera.
Densidade iônica
Nas zonas mais baixas da atmosfera, os elétrons livres e íons desaparecem. Isto ocorre devido à maior densidade de partículas mais pesadas, portanto, a recombinação prevalecerá sobre a ionização. A densidade dos gases nas zonas mais altas é muito baixa. A quantidade de radiação, ou seja, a energia vinda do espaço é muito grande até determinada altitude, contudo, não existem gases, átomos, ou moléculas livres suficientemente para serem ionizadas. Só haverá ionização à medida em que mergulhamos na atmosfera, até uma certa profundidade limítrofe.
A luminescência atmosférica, vista do espaço, adquire as mais diversas tonalidades e cores, à medida em que fazemos o mergulho para dentro da atmosfera, dependendo da hora, temperatura, etc, adquire uma coloração que varia do verde-violeta ao vermelho alaranjado.
Reflexão ionosférica
Canalização, espalhamento e reflexão através da ionosfera, são fenômenos concomitantes, porém algumas vezes concorrem entre si, outras vezes se somam. A reflexão ionosférica é explorada por sistemas de radiodifusão com as antenas de transmissão em ângulo baixo. As propriedades operacionais das ionossondas (sistemas compostos de transmissores, receptores e antenas direcionais apontadas diretamente para a ionosfera) propiciam um conhecimento do comportamento da região. O princípio da reflexão ionosférica em ângulos altos é utilizado há muitos anos para pesquisas, porém pouco utilizado nas comunicações. O efeito ocasionado por inúmeras camadas sucessivas de ionização leva à reflexão das ondas de rádio. Este efeito ocorre sobre uma faixa de alturas estreita e em baixas freqüências, onde, ou os raios refratam, ou refletem. No caso da refração a distância atingida por estes é apreciável, chegando a milhares de quilômetros. No caso da reflexão direta, esta não ultrapassa a algumas centenas de quilômetros. O espalhamento fraco e incoerente de energia ocorre devido às flutuações térmicas e aleatórias da densidade eletrônica no plasma ionosférico. Este espalhamento tem sua eficiência aumentada pelas irregularidades ionosféricas e pelo aumento da densidade iônica.
A Máxima Freqüência Utilizável, é a maior freqüência possível onde pode ocorrer o fenômeno da reflexão ionosférica. Estas irregularidades dão origem a sinais de espalhamento direto e sinais de retroespalhamento (reflexão). No caso da reflexão direta, não há canalização, já no caso do espalhamento, ocorre a refração e a canalização ou dutificação dos sinais. A canalização de sinais a grande distâncias ocorre em altura de ionização reduzida, porém não é regra. A probabilidade desta é nas camadas E e F, em alguns casos com ecos percorrendo toda a circunferência da Terra. Pode ocorrer a canalização, onde o sinal refrata e reflete ao mesmo tempo dentro de regiões irregulares do campo alinhado acima da região F também, porém sem íons livres isto não acontece.
A reflexão ionosférica pode levar ao fenômeno da cintilação, isto ocorre devido à atuação dos sinais perante as irregularidades ionosféricas que atual como uma tela de fase variável nos sinais transionosféricos de fontes. Esta tela eletrônica dá origem à efeitos de difração com cintilação de amplitude, ângulo de chegada e fase. Portanto, num meio variável onde ocorrem densidades variáveis, ocorre o fenômeno da reflexão, refração e difração dos sinais de radiofreqüência que pode ser simultâneo ou não.
A camada D é a mais próxima ao solo, fica entre os 50 e 80 km, é a que absorve a maior quantidade de energia eletromagnética, seu comportamento é diurno, aparece no momento em que as moléculas começam a adquirir energia solar. Esta camada permanece por alguns instantes no início da noite. Ionicamente é a menos energética. É a responsável pela absorção das ondas de rádio durante o dia.
A camada E
Acima da camada D, existe a camada E, esta se localiza embaixo das camadas F1 e F2, sua altitude média é entre os 80 e os 100-140 km. Semelhante à camada D, durante o dia se forma e se mantém, durante a noite se dissipa.
Em algumas ocasiões, dependendo das condições de vento solar e energia absorvida durante o dia, a camada E pode permanecer esporadicamente à noite, quando isto ocorre é chamada de camada E Esporádica.
Esta camada tem a particularidade de ficar mais ativa quanto mais perpendiculares são os raios solares que incidem sobre si.
As camadas F1 e F2
A camada F1 está acima da camada E e abaixo da camada F2 ~100-140 até ~200 Km. Existe durante os horários diurnos, acompanhando o comportamento da camada E, podendo esporadicamente estar presente à noite.
Serve de refletora em determinadas freqüências, esta reflexão varia conforme a espessura que adquire ao receber energia solar. Normalmente a radiofreqüência incidente que atravessa a camada E, atravessa a F1, porém muitas vezes refrata. Ao fazê-lo altera seu ângulo de incidência sobre a camada F2, refletindo nesta.
A camada F2 é a mais alta das camadas ionosfericas, está entre os 200 e 400km de altitude. Acima da F1, E, e D respectivamente. É o principal meio de reflexão ionosférico utilizado para as comunicações em altas freqüências à longa distância.
A sua altitude varia conforme a hora do dia, época do ano, condições de vento e ciclo solares. A propagação e reflexão obedecem a estas variáveis. Seu aparecimento ocorre ao nascer do Sol, quando a camada F se desmembra em F1 e F2. A reflexão nesta camada pode gerar o aparecimento do fenômeno raro da dutificação da radiofreqüência, ocasionando contatos à dezenas de milhares de quilômetros e ecos ionosféricos.
Troposfera
É a camada da atmosfera que está em contacto com a superfície terrestre e que contém o ar que respiramos.
Tem altitude entre 8Km a 16Km
É a camada menos espessa, mas é a mais densa.
O ar junto ao solo é mais quente, diminuindo de temperatura com a altitude até atingir -60ºC.
A zona limite chama-se tropopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Estratosfera
Situa-se entre os 12Km a 50Km
É aqui que está a camada de ozono.
Nesta camada a temperatura aumenta de -60ºC a 0ºC. Este aumento deve-se à interacção química e térmica entre a radiação solar e os gases aí existentes.
As radiações absorvidas são as ultravioletas (6,6 a 9,9 x10-19 J).
A zona limite chama-se estratopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Mesosfera
Situa-se entre os 50Km a 80Km
Trata-se da camada mais fria da atmosfera.
A temperatura volta a diminuir com a altitude, chegando aos -100ºC aos 80Km.
A absorção da radiação solar é fraca.
A zona limite chama-se mesopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante.
Termosfera
É a camada mais extensa.
Começa nos 80Km e vai para além dos 1000Km.
Trata-se da camada mais quente da atmosfera.
l A temperatura pode atingir os 2000ºC.
Absorvem-se as radiações solares mais energéticas (energia superior a 9,9 x10-19 J).
Subdivide-se em duas partes a ionosfera (entre 80 e 550Km) e a exosfera (parte exterior da atmosfera que se dilui no espaço a partir dos 1000Km de altitude).
Formação de radicais livres na atmosfera
As dissociações de moléculas que ocorrem por acção da luz chamam-se fotólises ou reacções fotoquímicas.
Este tipo de reacções acontece, principalmente, na parte de cima da troposfera e na estratosfera.
Dissociação de uma molécula é o mesmo que quebrar as suas ligações. É como um chocolate que partimos a metade: seria a dissociação de um chocolate.
Destas dissociações saem partículas muito reactivas chamadas radicais.
Dissociação e ionização de partículas
Energia de dissociação
É a energia necessária para quebrar as ligações de uma molécula.
Exemplo: A energia de dissociação da molécula de oxigénio (O2) é 8,3x10-19J.
Se a radiação incidente tiver energia igual a 8,3x10-19J.
Se a radiação incidente tiver energia inferior a 8,3x10-19J.
Se a radiação incidente tiver energia superior a 8,3x10-19J.
A molécula separa-se em radicais livres (O?), que não têm energia cinética.
Há apenas efeito térmico. A energia cinética da partícula aumenta.
A molécula separa-se em radicais livres (O?), que possuem energia cinética.
Formação de iões na atmosfera
A energia solar é absorvida para extrair um electrão.
Se a radiação tiver energia superior à energia de primeira ionização consegue retirar um ião à partícula e ionizá-la.
Como as energias de ionização são relativamente elevadas, as ionizações são mais frequentes na termosfera (ionosfera).
Também podem ocorrer dissociações seguidas de ionizações.
Energia de primeira ionização
É a energia necessária para tirar um electrão a uma molécula ou átomo.
Exemplo: A energia de primeira ionização da molécula de oxigénio (O2) é 1,9x10-18J.
Se a radiação incidente tiver energia igual a 1,9x10-18J.
Se a radiação incidente tiver energia igual a 1,9x10-18J.
Se a radiação incidente tiver energia superior a 1,9x10-18J.
A molécula é ionizada e torna-se O2+.
Há apenas efeito térmico
A molécula é ionizada e torna-se O2+ e fica com energia cinética.
Fonte: www.notapositiva.com
Camadas da Atmosfera
Camada de ozônio, efeito estufa. Vez por outras, esses assuntos são abordados na grande mídia. Esta página procura dar algumas informações sobre os mesmos, bem como outras sobre a atmosfera terrestre.
Camadas da atmosfera
A Figura 1 abaixo dá o esquema das camadas atmosféricas com dados de altitudes, temperaturas e pressões. É evidente que são dados médios e que as transições não são abruptas conforme a figura pode sugerir.
Notar que a mudança de uma camada para outra se dá pela mudança do comportamento da variação de temperatura. Nas transições, ocorrem pequenas faixas de temperatura constante e depois os sentidos das variações se invertem.
A primeira camada, troposfera, contém cerca de 80% da massa total da atmosfera. A tropopausa é a camada de transição para a seguinte (e nomes de construção semelhante para as demais transições).
A estratosfera contém cerca de 19,9% da massa total e muito pouco vapor d'água.
Portanto, nas duas primeiras camadas está a quase totalidade do ar, o que pode ser observado pelos minúsculos valores de pressão nas camadas superiores.
Camadas da Atmosfera
Composição do ar
A tabela abaixo mostra os percentuais volumétricos dos principais componentes do ar seco. Os gases nobres (argônio, criptônio, hélio, neônio, xenônio) são mantidos por processos radiológicos ou são de caráter permanente.
O gás de maior percentual, nitrogênio, tem importantes funções para os seres vivos. Compostos de nitrogênio no solo são fundamentais para o crescimento de plantas e, portanto, para toda a cadeia biológica. A fixação do nitrogênio no solo se dá por diferentes processos: atmosférico (raios quebram moléculas de nitrogênio que formam óxidos com o oxigênio e estes formam nitratos com água da chuva que os leva para o solo), industrial (os fertilizantes produzidos artificialmente) e biológico (certos tipos de bactérias). Outros tipos de bactérias convertem os nitratos em nitrogênio gás, retornando-o para a atmosfera. É o chamado ciclo do nitrogênio.
Gás
% em vol
Argônio (Ar)
0,93
Criptônio (Kr)
0,0001
Dióxido de carbono (CO2)
0,036
Hélio (He)
0,0005
Hidrogênio (H2)
0,00005
Neônio (Ne)
0,0018
Nitrogênio (N2)
78,08
Metano (CH4)
0,00017
Óxido nitroso (N2O)
0,00003
Oxigênio (O2)
20,95
Ozônio (O3)
0,000004
Xenônio (Xe)
0,000001
O oxigênio é trocado naturalmente pelos processos biológicos de respiração e fotossíntese. Na respiração, moléculas orgânicas como glicose e outras são oxidadas, produzindo dióxido de carbono, água e liberando energia para o metabolismo.
Exemplo:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia.
A fotossíntese faz o processo inverso, com ajuda da luz solar.
Exemplo:
6CO2 + 6H2O + luz → C6H12O6 + 6O2
O dióxido de carbono é introduzido na atmosfera pelos processos de respiração, queima de combustíveis e processos industriais humanos.
Metano é introduzido na atmosfera por animais como gado, insetos como cupins, culturas de arroz, aterros para lixo, mineração, extração de petróleo, etc.
Óxido nitroso é introduzido na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e biomassas, por processos de fertilização de solos.
O ozônio existe naturalmente na estratosfera pela ação da luz solar (combinação do oxigênio molecular (O2) com o oxigênio atômico (O). A atividade industrial humana produz ozônio na superfície (resultado da ação da luz solar sobre alguns poluentes emitidos).
O vapor d'água não consta na tabela pois ela se refere ao ar seco, mas é um importante componente. A proporção é variável, dependendo do local e outras condições. Pode chegar até cerca de 4%. O vapor d'água redistribui calor através da troca latente e permite a formação de nuvens e, por conseqüência, das chuvas.
Efeito estufa
O efeito estufa é bastante análogo ao objeto que lhe dá o nome, isto é, alguns gases presentes na atmosfera têm a propriedade de reter e reenviar o calor refletido pela superfície, de forma similar aos vidros de uma estufa para cultivo de plantas.
É um fenômeno que ocorre naturalmente e, em princípio, não deveria ser nocivo. Pelo contrário. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria algo perto de -20ºC, o que certamente inviabilizaria a existência de vida. O que causa preocupação é o aumento do efeito estufa provocado pelo aumento da concentração de certos gases devido à atividade humana.
Segundo especialistas, os principais responsáveis pelo aumento do efeito estufa são: dióxido de carbono (aumento da concentração 30% em 150 anos), metano (140%), óxido nitroso (11%) e compostos de cloro-flúor-carbono (sem referência anterior pois foi introduzido com uso de sistemas de refrigeração). São gases resultantes de atividades industriais, agrícolas, transportes, mineração e outras.
Acordos e compromissos internacionais têm sido colocados para reduzir a emissão desses gases. Mas é algo um tanto difícil. Depende de esforços tecnológicos e certamente de mudanças de hábitos de consumo. Alguns pesquisadores estimam que a temperatura média da Terra aumentou de 0,3 a 0,6ºC nos últimos 100 anos em razão do aumento da concentração desses gases. E prevêem um aumento de 1 a 3ºC para os próximos 100 anos.
Camada de ozônio
Conforme mencionado no tópico Composição do ar, o ozônio é produzido naturalmente na estratosfera pela ação da luz solar sobre o oxigênio. A radiação ultravioleta do sol faz o processo inverso, isto é:
O3 + ultravioleta → O2 + O. E essa reação bloqueia a radiação ultravioleta, impedindo-a de chegar à superfície.
Os primeiros equipamentos de refrigeração usavam amônia como gás refrigerante. Mas é tóxica e inflamável sob certas condições. Assim, o uso era restrito a instalações industriais. Por volta de 1930 foram introduzidos os compostos à base de cloro, flúor e carbono (CFC), que não são inflamáveis nem tóxicos e isso permitiu a ampla utilização dos refrigeradores. Além disso, os gases de CFC foram usados em sprays, processos de limpeza e esterilização, produção de espumas de plástico.
Várias décadas depois, foi verificado que a redução observada da camada de ozônio estava associada ao uso disseminado do CFC. Ao chegar na estratosfera, a radiação ultravioleta o decompõe, liberando o cloro.
E o cloro reage com o ozônio:
Cl + O3 → ClO + O2.
Os efeitos da radiação ultravioleta na superfície são perigosos e alguns de conseqüências imprevisíveis. Exemplos: câncer de pele, enfraquecimento do sistema imunológico, catarata, redução da população de fitoplânctons na água do mar, etc.
Acordos internacionais foram estabelecidos para a redução gradual do uso do CFC e parece que estão em andamento. Refrigeradores atuais não fazem mais uso de CFC.
Fonte: www.mspc.eng.br
Camadas da Atmosfera
Camadas da Atmosfera
Atmosfera
Palavra de origem grega, atmos=gás + sfera=esfera-->atmosfera. Portanto é a esfera gasosa, que envolve o planeta Terra. A atmosfera se estende por centenas de quilômetros, alguns documentos estimam sua espessura em 800 km, que atualmente o homem consegue alcancá-la por meio dos balões-sonda e dos satélites artificiais.
Atmosfera - Função e Constituição
A atmosfera exerce um papel fundamental na manutenção da temperatura, e da vida naTerra. Ao nível do mar, é constituída de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e apenas 1% de outros gases (argônio, xenônio, neônio, gás carbônico), etc., além de poeira.
Atmosfera - Importância
Se não existisse a atmosfera, não haveria animais nem plantas. Como sabemos que O oxigênio é indispensável para a existência da vida na Terra. Todas as características do mundo, tal como o percebemos, e o próprio ambiente terrestre, dependem essencialmente do ar. Sem a atmosfera, não haveria vento, nuvens ou chuva. Não haveria céu azul, nem crepúsculos ou auroras. Não existiria o fogo, pois toda combustão resulta da união do oxigênio com as substâncias que queimam. Não existiria o som, pois o que chamamos de som é a vibração das moléculas de ar contra o tímpano. Sem ar, enfim, as plantas não poderiam nascer e crescer.
Atmosfera - Escudo Protetor
Além de suas demais propriedades, a atmosfera serve de imenso escudo que protege a Terra da violência dos raios solares, absorvendo as radiações de ondas curtas mais perniciosas. À noite, funciona como teto de vidro de uma gigantesca estufa, conservando o calor do dia e impedindo que ele se perca todo no espaço.
Atmosfera - Suas Camadas
Em função de sua imensa espessura,e pelo fato de não apresentar forma homogênea em toda sua extensão, a atmosfera foi dividida em camadas superpostas. Uma das bases para classificação das diferentes camadas da atmosfera foi a variação de temperatura de acordo com a altitude. A atmosfera está estruturada em três camadas relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias.
Atmosfera - Cinco Camadas
Uma das divisões mais aceita é: troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera.
Troposfera
É a camada que esta mais diretamente relacionada com o homem, esta camada tem início no solo, até aproximadamente 16 km de altitude. É na troposfera que ocorrem os fenômenos atmosféricos, o calor, os ventos e as chuvas. A temperatura média que varia de 20°C na parte inferior a 60°C negativos na parte superior. É nessa camada que se concentram os poluentes, acontecem os fenômenos de precipitação - como a chuva, neve, ventos, calor - onde circulam os balões tripulados e aviões a jato.
Estratosfera
é a camada seguinte e tem uma espessura de cerca de 40 km. Nessa camada, o ar é muito rarefeito. A temperatura oscila entre 60°C negativos e 5°C negativos É neste camada que ocorre a presença do gás Ozônio (O3), ( camada de ozônio ) que filtra a radiação ultravioleta emitida pelo sol. A presença do ozônio na atmosfera é essencial à manutenção da vida, como se apresenta, no planeta. A sua eliminação ou diminuição em grande escala podem modificar e modificam a fauna, a flora, enfim, todos os seres vivos da Terra; podem determinar efeitos imprevisíveis aos ecossistemas terrestres e, especialmente aos seres humanos, mas que serão certamente, catastróficos.
Também chegam até a estratosfera os balões meteorológicos, os aviões supersônicos e as nuvens geradas por explosões atômicas. É também na estratosfera que ocorre o efeito estufa, que é um fenômeno que resulta no aquecimento da atmosfera do Planeta, intensificado pela emissão de certos gases para a atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2), produzido na queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e por queimadas. O assunto tem merecido atenção da comunidade científica mundial pelos reflexos e consequências resultantes na vida de todos nós.
Mesosfera
É a camada intermediária, estende-se até aproximadamente 85 km de altura. O ar é mais rarefeito que na camada anterior, composto principalmente por ozônio e vapor de sódio.
Ionosfera
(íons + sfera ): fica acima de 80 km de altitude, composta por moléculas ionizadas, isto é, carregadas elétricamente, é nesta camada que as ondas de rádio são refletidas de volta para a Terra. Na ionosfera ocorrem alguns fenômenos, como por exemplo, a aurora polar , que é visível nas regiões polares e a desintegração dos meteoros provenientes do espaço, é o que nós observamos como estrelas cadentes.
Exosfera
É a camada mais externa, começa após uns 500 km e continua até se confudir com o espaço interplanetário. Nesta camada, a densidade gasosa é ínfima, não se registrando fenômenos assinaláveis, a não ser a existência de dois cinturões de partículas ( Cinturões de Van-Hallen ). O primeiro a 4000 km, e o segundo a 20000 km de altitude.
Na realidade, as oscilações anuais da temperatura que se têm verificado neste século estão bastante próximo das verificadas no século passado e, tendo os séculos XVI e XVII sido frios (numa escala de tempo bem mais curta do que engloba idades do gelo), o clima pode estar ainda a se recuperar dessa variação. Desta forma os cientistas não podem afirmar que o aumento de temperatura global esteja de alguma forma relacionado com um aumento do Efeito Estufa, mas, no caso dos seus modelos para o próximo século estarem corretos, os motivos para preocupação serão muitos.
Segundo as medições da temperatura para épocas anteriores a 1860, desde quando se tem feito o registro das temperaturas em várias áreas de globo, as medidas puderam ser feitas a partir dos anéis de árvores, de sedimentos em lagos e nos gelos, o aumento de 2 a 6 ºC que se prevê para os próximos 100 anos seria maior do que qualquer aumento de temperatura alguma vez registrado desde o aparecimento da civilização humana na Terra. Desta forma torna-se assim quase certo que o aumento da temperatura que estamos enfrentando é causado pelo Homem e não se trata de um fenômeno natural.
No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de Efeito Estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, e cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente assistir às maiores catástrofes naturais (agora causadas indiretamente pelo Homem) alguma vez registradas no planeta.
A criação de legislação mais apropriada sobre a emissão dos gases poluentes é de certa forma complicada por também existirem fontes de Dióxido de Carbono naturais (o qual manteve a temperatura terrestre estável desde idades pré-históricas), o que torna também o estudo deste fenômeno ainda mais complexo.
Crédito de Carbono, Como funciona e o que é?
Você já ouviu, está na mídia, está na seção de negócios, mas afinal o que é?
A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.
Então foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.
Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizam países e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois a intenção da criação desse certificado era organizar critérios de neutralização da emissão desses gases poluidores.
Agora imagine, a empresa AAA da Suécia não diminuiu a taxa de poluição nas cotas determinadas, e a empresa brasileiraBBB conseguiu evitar e muito a emissão de gases, e agora tem Crédito de Carbono para vender.
O que acontece? A empresa Sueca compra o que a brasileira conseguiu guardar, e assim ela também consegue ficar dentro da cota estabelecida pelo seu país. Este credito é negociado no mercado internacional. Assim nasce um novo mercado, quase uma bolsa de valores. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) também são usados para diminuir as emissões.
Na Ecogerma 2009, ficou claro o interesse em apoiar empresas que teriam MDL, portanto com créditos de carbono para venda. (Guardei o cartão, mas não acho agora…)
Eu pra dizer a verdade, acho isso tudo interessante – como uma reinvenção da economia. Mas mudanças acontecem a passos lentos neste setor – acredito que o melhor que temos a fazer é a mudança nas nossas vidas diárias, consumir o mínimo possível, participar mais de economia solidárias, feiras de trocas ….
Na verdade, acho que a necessidade vai mais além – há uma necessidade urgente de repensarmos o que realmente precisamos viver de maneira mais simples, rever nossos valores e re aprender ser ao invés de ter ter e ter ….